HISTÓRIA DA FUNDAÇÃO DOS BAIRROS DO BIXIGA E DO BEXIGA
Egydio Coelho da Silva

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TROCA DE MENSAGENS  S/HISTÓRIA/ BIXIGA/S.PAULO - 14/ ABRIL/2005

De: xunshen@webcable.com.br

Cidade:  -  Estado:  - País: 

Para: Fórum sobre história do Bixiga e dos bairros de São Paulo

 

A CASA DE DONA YAYÁ

Bom Dia gostaria de saber como se chamava a chácara onde ficava a casa da dona yaya Poderiam informar-me?
aguardando a informação agradeço 
Caro Xun,

Casa de Dona Yaya fica à Rua Major Diogo, esquina com a 14 de Julho, um dos locais, onde era uma parte da Chácara do Bexiga, arruados em 1.878, quando surgiu o bairro do Bixiga. E evidentemente, quando da abertura do loteamento, a  Chácara do Bexiga começou a desaparecer, a qual já começava a ser grilada. 

Como Dona Yaya viveu, me parece, de 1.921 a 1.961, não é contemporânea da Chácara do Bexiga. Pelo que sei, o local já era cidade, com casas ao redor, e não chácara.  

Cunsulte: Ana Lanna - Diretora do CPC-USP
Centro de Preservação Cultural - Universidade de São Paulo (CPC-USP)
Rua Major Diogo, 353 - Bela Vista
tel/fax + 55 11 3106-3562 -  Email: cpcpublic@usp.br ; também os sites: www.usp.br/cpc  - http://www.usp.br/cpc/cantesc/yaya/smf-1.html

Abçs. Egydio Coelho da Silva

 

HISTÓRIA DO BIXIGA  EM 10 DE MAIO DE  2005

Email recebido 

De: Haroldo Lago

Cidade: São Paulo -  Estado: SP - País: Brasil


Egydio,

Como tem havido interesse dos participantes do Fórum história do Bixiga sobre a  Casa de Dona Yayá, recolhi o texto abaixo que informa resumidamente sua história:

"O Centro de preservação cultural da USP - CPC tem, desde 2004, sua sede no imóvel conhecido como a Casa de Dona Yayá, bem tombado, localizado no bairro da Bela Vista, na cidade de São Paulo. Esta casa foi transferida para a USP, como herança jacente, em 1969 quando do falecimento de sua última proprietária, Sebastiana de Mello Freire, a Dona Yayá.

Yayá nasceu em 2 1 de janeiro de 1887. De uma família de proprietários de terras de Mogi das Cruzes, tinha quatro irmãos. Seus pais morreram em dezembro de 1900 e o último dos irmãos faleceu, de forma trágica, como todos os outros, em 1905. Yayá ai passou a ser cuidada por sua amiga e madrinha Caetana Grant. Teve uma educação esmerada. Era muito religiosa. E gostava de fotografia. Tanto que montou numa casa da Rua 7 de Abril um laboratório. Seus pais morreram em dezembro de 1900 e o último dos irmãos faleceu, de forma trágica, como todos os outros, em 1905. Yayá ai passou a ser cuidada por sua amiga e madrinha Caetana Grant. Teve uma educação esmerada. Era muito religiosa. E gostava de fotografia. Tanto que montou numa casa da Rua 7 de Abril um laboratório, onde revelava suas próprias fotografias. Em 1918, começou a apresentar sinais de desequilíbrio emocional. Foi internada, pela primeira vez, em 1919, aos 32 anos de idade. Foi declarada incapaz de gerir seus próprios bens. Viveu tutelada por três gerações de mulheres da famí1ia Grant. Por 42 anos morou nessa casa.
Estudos documentais e prospectivos foram realizados pelo CPC e revelaram muitos e importantes aspectos da história desta singular edificação. Em seu núcleo resistem intactas as paredes de uma edificação de tijolos construída em finais do século XIX indicando a introdução desta nova técnica construtiva em São Paulo; o jardim é resquício da grande chácara que o rodeava; as pinturas murais testemunham técnicas e práticas artesanais; além delas, os ornatos externos e as ampliações realizadas na casa na passagem para o século XX indicam a transformação do antigo chalé em casa de morada seguindo os padrões estéticos da burguesia paulistana. Em 1920, Dona Yayá, tendo sido considerada incapaz, por “sofrer das faculdades mentais” muda-se para a casa, pois a conselho médico decidiu-se que ela deveria viver num lugar tranqüilo e afastado do burburinho da cidade. Adequações e reformas foram assim realizadas na casa entre os anos 1920 e 1950, com destaque para o solarium, indicando a maneira como então se realizava o tratamento da doença mental. Desse modo unem-se os valores históricos da casa aos da memória social, os interessantes aspectos técnicos e artísticos ao de testemunho dos costumes". 

Casa da Dona Yayá, Rua Major Diogo, 353, Bela Vista – Visitas: de domingo a quinta-feira, das 9 às 16 horas. Entrada grátis.

 

FORUM S/ HISTÓRIA DO BIXIGA  EM  14 DE JUNHO DE  2008

De: Maria do Vale

CIDADE: Muriaé. ESTADO: MG. PAÍS: Brasil

PARA: Fórum s/história do Bixiga

 

Olá, sou de Muriaé Mg. Achei a história de d. Yayá, muito interessante e gostaria de obter mais informações. Li outro dia em um site que os pais dela eram parentes (e que ela seria fruto de um incesto por isso ela ficou doente). Gostaria de saber a árvore genealógica da família. Obrigada e ficaria muito feliz se pudesse me informar mais a fundo essa história. abraços.

 

FORUM DE MORADORES E S/ HISTÓRIA DO BIXIGA  EM  01/08/2010

De: Natália Angélica da Silva.

Cidade: Belo Horizonte. Estado: MG. País: Brasil.

PARA: Fórum de moradores e s/História do Bixiga

 

Qual a relação de Yaya com o Bixiga? Onde foi enterrada?
Cara  Natália,

Não sei onde Dona Yayá foi enterrada. Quem sabe algum participante deste Fórum tenha essa informação e possa colaborar.
O que tudo mundo sabe é que ela, quando moça, teve hábitos ousados. Há, porém, quem entenda que ela teve distúrbios mentais e, por isso,  a partir de 1921 foi considerada insana.
Consta inclusive que os primeiros sintomas começaram a surgir em 1918, quando, achando que ia morrer, redigiu a lápis seu testamento e começou a distribuir jóias para os empregados. Dizia que queriam violentá-la e matá-la e tentou o suicídio.
Foi interditada em 1919. No ano seguinte, foi feita uma reforma no imóvel de sua propriedade na Rua Major Diogo, esquina com a Rua 14 de Julho (foto acima),

para, praticamente aprisioná-la, onde viveu até 1961, quando, aos 74 anos, veio a falecer por problemas cardíacos.
A tragédia de Dona Yayá foi muito comentada na imprensa da época. Muitos boatos, envolvendo mistério, ingratidão, cobiça até cárcere privado. De fato, houve briga entre os parentes pleiteando direito sobre sua fortuna.


Dona Yayá aos 23 anos.

Mas esses parentes não tiveram sorte, pois D. Yayá viveu mais que eles e, ao falecer, todos tinham morrido.

E seus bens passaram para o Governo e hoje pertencem à Unesp.
Portanto, sua ligação com o Bixiga é pelo fato de ficar ela abrigada ou prisioneira no casarão da Rua Major Diogo.
Aberto à visitação pública e se trata de uma das atrações turísticas do bairro. Att.
Egydio Coelho da Silva

 

 

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