De
Subversivos acabei indo para Brasil: Nunca Mais ( http://www.dhnet.org.br/memoria/tnmais/
) e de lá para http://www.desaparecidospoliticos.org.br/
onde, logo na primeira página aparece link para um vídeo que homenageia
a Helenira Rezende de Sousa Nazareth, além de mais duas páginas
dedicadas a ela :
http://www.desaparecidospoliticos.org.
br/detalhes1.asp?ID=290
e
http://www.desaparecidospol
iticos.org.br/araguaia/helenira.html .
Resolvi
escrever para o Fórum pois já vi aqui algumas referências a ela,
Helenira e aqui mesmo soube também de uma matéria sobre ela que teria
sido publicada pelos dois acima citados: Júlio e Waltinho, no Jornal
Assim, acho que quem falou sobre isso foi o Barrero, se não me engano.
Mas
numa dessas páginas dedicadas à Helenira está escrito: "No jornal
"A Voz da Terra", de 8 de fevereiro de 1979, há uma extensa matéria
que, sob o título "A Comovente História de Helenira", conta a
história dessa combatente pela liberdade no Brasil."
Será
que se trata da mesma matéria e teria havido engano de quem disse ter ela
sido publicada no Assim? Não haveria como republicar a matéria,
acrescida das informações mais recentes que temos agora nesses sites e
em tantos outros? Saudações, Prado.
Prado,
Há
algum tempo atrás esse assunto foi bem abordado neste fórum. Essa matéria
é do Júlio César Garcia, que fez reportagem completa sobre o assunto e
foi publicada em Voz da Terra. Daí ser aproveitada pelos que querem
preservar a memória relacionada com a repressão política durante o
regime militar no Brasil.
Abraços.
Egydio
FÓRUM
ASSISENSE EM 27 DE NOVEMBRO DE 2.003
De: Márcio Amêndola de Oliveira
Cidade: Embu - Estado - SP - País: Brasil
Para: Fórum assisense
Amigos
do Fórum. Agradeço as dicas do site que fala da Helenira Nazareth. Há
alguns meses, quando completaram 30 anos da morte de Helenira (no
Araguaia), enviei a este Fórum uma modesta matéria sobre a vida desta
revolucionária assisense, que lutou até a morte contra a ditadura
militar. Se alguém desejar receber meu texto, é só pedir pelo e-mail: marcioamendola@ig.com.br.
Grato pela dica da matéria da Voz da Terra (publicada em 1979, um ano
depois de eu ter saído da Voz, onde fui Revisor entre 1977 e 1978).
Egydio, teria jeito de me enviar esta matéria da Voz sobre a Helenira? Se
não der por Internet, favor enviar pelo correio. Seria imensamente grato
por isto. Caso seja enviada por cópia (xerox ou similar), comprometo-me
com os amigos do Fórum interessados no assunto, que reproduzirei toda a
matéria (digitada) e enviarei ao Fórum.
Grato. Márcio Amêndola.
Márcio,
O
problema é que matéria antiga de VT não é fácil de localizar e
copiar.
Há
duas coleções de VT, uma na sede do jornal e a outra na Unesp. Na Unesp
seria mais fácil, pois, me parece, eles dispõem de máquina apropriada
para tirar cópia da coleção.
Mas
acho que a matéria feita pelo Júlio César e pelo Waltinho se encontram
integralmente na internet, nos sites indicados pelo Prado Jr.
Egydio
Coelho
FÓRUM
ASSISENSE EM 2 DE DEZEMBRO DE 2.003
De: Antônio Lázaro de Almeida Prado Júnior
Cidade: Assis - Estado - SP - País: Brasil
Para: Fórum assisense
Egydio,
Se
você permitir gostaria de tirar uma cópia das reportagens sobre a
Helenira e as prisões políticas aqui em Assis, escritas ambas pelo Júlio
Garcia junto com o Waltinho. Eu poderia digitar o texto, ou digitalizar se
for possível, e enviaria de volta a você aqui pelo Fórum para que todos
pudessem ler ou reler essas matérias que já foram citadas, pelo que
tenho ouvido, em vários documentos e livros. Saudações,Prado
Prado,
Ótima
oferta. Se você enviar esses textos, não só repassarei a todos, como
também abrirei um "portalzinho" para a Repressão e Helenira,
que ficará permanente na internet, com link na "home page" de
Voz da Terra. Assim, tudo que se falar sobre a repressão em Assis e
Helenira constará nessas páginas.
Abraços
e grato. Egydio
Coelho
FÓRUM
ASSISENSE EM 10 DE DEZEMBRO DE 2003
De: Prado Jr.
Cidade:
Assis - Estado - SP - País: Brasil
Para: Fórum assisense
Egydio,
Como
faço para obter uma cópia xerográfica das reportagens sobre a Helenira
e os presos políticos de Assis? Estou em Assis durante a semana e, se
puder, passo pela VT para pegar os originais e fazer as cópias. Tão logo
tenha o material digito tudo e envio para você.Grato. Prado
Prado,
O
mais prático é você pesquisar na Unesp de Assis, no CEDAP ( cedap@assis.unesp.br
), onde existe uma coleção completa de Voz da Terra.
Você
pode procurar a Bel (secretária). Ela me disse que é possível tirar
xerox, digitalizar e até salvar em CD.
Abraços.
Egydio Coelho
FÓRUM
ASSISENSE EM 19 DE DEZEMBRO DE 2003
De: Márcio Amêndola
Cidade:
Embu - Estado - SP - País: Brasil
Para: Fórum assisense
...Pradinho, eu também estou buscando dados sobre a Helenira, e não
estou em Assis. Se você for à Unesp, conforme a dica do Egídio, por
favor, 'democratize' o material no Fórum. "A minha matéria sobre a
Helenira (pouco, uma ou duas laudas), quando completaram 30 anos de sua
morte, em setembro de 2002, eu disponibilizei aos amigos do Fórum.
Além da matéria da Voz da Terra, podemos pesquisar também no livro
Brasil Nunca Mais, onde tem até uma foto dela. Podemos também verificar
os arquivos do temível DEOPS de S. Paulo, na Estação da Luz. Enfim,
vamos resgatar a história da primeira e única guerrilheira de Assis. Márcio
Amêndola, Câmbio, desligo.
FÓRUM
ASSISENSE EM 05 DE JANEIRO DE 2004
De: Júlio Cezar Garcia
Cidade:
São José do Rio Preto - Estado - SP - País: Brasil
Para: Fórum assisense
Prezados Egydio e amigos do Fórum:
1. Vítimas da ditadura
Tenho constatado um grande interesse de participantes do Fórum nas
ocorrências que vitimaram assisenses durante o período da Ditadura
Militar (a segunda, já que Getúlio também enfiou um Estado Novo
goela abaixo deste país).
Como
o Prado disse (um abração para você e para essa fantástica família
Almeida Prado), escrevi duas reportagens que o Roberto Silo publicou
em Voz da Terra quando ele era editor. Se houver alguma utilidade para os
amigos, informo que a primeira reportagem foi publicada em fevereiro de
1978.
Os
neurônios estão um tanto esgarçados, mas lembro-me do mês porque
sempre tirei férias em fevereiro, para passar o carnaval em Assis. Eu
trabalhava na Editora Abril, à época (fiquei lá de 1973 a 1986). Essa
primeira reportagem foi sobre a Helenira Rezende Nazareth, uma aluna
brilhante do Instituto de Educação Clybas Pinto Ferraz, jogadora de
basquete no time do Mirinho e da Coraly, e que, mais tarde, em 1968, ao
entrar para a Universidade de São Paulo, na capital, participaria da
"guerra" entre os alunos do Mackenzie (que defendiam a ditadura
militar) e os da Filosofia (que repudiavam o golpe de 31 de março
de 1964), na rua Maria Antonia, em São Paulo.
Ela
deve ter participado também do Congresso da UNE em Ibiúna,
realizado clandestinamente, já que a entidade tinha sido declarada
ilegal pela ditadura. O congresso foi descoberto e os milicos
invadiram o local e prenderam muitos estudantes. Não sei se ela foi
presa.
Muitos
anos depois, eu conheci um professor de cursinho pré-vestibular em
São Paulo, chamado José Genuína Neto, atual presidente nacional do PT,
que me disse ter sido companheiro de Helenira na Guerrilha do
Araguaia. Eu conhecia a história da Guerrilha porque havia lido vários
documentos clandestinos que eram encaminhados anonimamente às redações
dos jornais e revistas em São Paulo informando sobre as operações
guerrilheiras e as ações do Exército nas matas do sul do Pará. Só
então, graças ao Zé Genoíno, fiquei sabendo que uma assisense, a
Helenira, havia sido morta pelo Exército, como guerrilheira, em
1972. Contei na reportagem de VT, com emoção adolescente, a história
de Helenira e, sobretudo, de seu pai, o médico humanista Adalberto
de Assis Nazareth, que compunha o Consulado Baiano na avenida Rui Barbosa,
e que se reunia na "Pharmácia" do saudoso cronista Jairo
Motta e no consultório do médico dr. Gerson de Almeida, todos eles
intelectuais admiráveis naquele deserto de idéias que era a Assis
do sertão.
A
outra reportagem saiu no mesmo ano, se não me engano, na edição de
aniversário da cidade (1/07/1979). Nessa matéria, eu, o Silo e o
Waltinho Gonçalves (também jornalista, atualmente na Folha da Região
de Araçatuba) ouvimos as histórias de pessoas que foram presas ou
sofreram outros constrangimentos e agressões em ações comandadas
por um delegado de polícia da cidade sob a acusação de que se
tratavam de simpatizantes ou militantes do comunismo. Ali estão as
histórias de ferroviários, professores, vendedores ambulantes,
radialistas, que, tendo ou não militância antiditadura, acabaram
enredados numa trama feia, num episódio triste da história da
cidade, permeado por delações de gente que queria se aproveitar da
caça às bruxas para ocupar ou fortalecer-se em espaços políticos da
cidade.
Se essas informações servirem para alguma coisa aos amigos, dou-me por
satisfeito.
FÓRUM
ASSISENSE EM 12 DE JANEIRO DE 2004
De: Márcio Amêndola de Oliveira
Cidade:
Embu - Estado - SP - País: Brasil
Para: Fórum assisense
Primeiro, um alô geral para todos os amigos do Fórum. Feliz 2004, etc e
tal.
Agora, ao que interessa. Lí com prazer as informações do Júlio César
Garcia sobre a Helenira. Caro Júlio, posso 'engatilhar' uma entrevista
sobre a Helenira com o presidente do PT, José Genoíno, em São Paulo.
Estou no Embu das Artes, que fica na Grande São Paulo. Outro que podemos
entrevistar é o deputado Luiz Eduardo Greenhalgh, presidente da CCJ
(Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara Federal. Ele é o
advogado das famílias dos desaparecidos políticos do Araguaia, entre os
quais Helenira Nazareth está incluída. Hoje mesmo o Greenhalgh esteve
aqui no Embu nos visitando, mas infelizmente só li seu e-mail depois que
o deputado tinha ido embora. Mas tenho acesso a ele com certa facilidade.
As entrevistas poderão ser gravadas e disponibilizadas depois ao Fórum
assisense e aos amigos que se dispuserem a escrever o tal livro sobre a
vida da Helenira e de seu Pai, o Dr. Adalberto de Assis Nazareth.
FÓRUM
ASSISENSE EM 15 DE JANEIRO DE 2004
De: Antonio Pedroso Júnior
Cidade:
Sorocaba - Estado - SP - País: Brasil
Para: Fórum assisense
Caros,
Li a carta do amigo e companheiro de jornadas etilicas, o Prado, citando
nosso site www.subversivos.com.br
Tenho esta matéria da "Voz da Terra" digitada e vou tomar a
liberdade de enviar para vcs.
Prado, vê se escreve para a gente.
Abraço a todos
FÓRUM
ASSISENSE EM 17 DE JANEIRO DE 2004
De: Antonio Pedroso Junior
Cidade:
Sorocaba - Estado: SP - País: Brasil
Para:
Fórum assisense
Olá,
Desculpem por voltar a importunar neste espaço democrático. Resolvi
abrir uma cerveja e lembrei-me do Prado. Lembrando do Prado, vem Assis na
nossa mente. Gostaria de consultar o Egydio sobre a possibilidade de
utilizar as matérias publicadas pelo Voz da Terra, ampliadas com as
documentações conseguidas nos arquivos do extinto DOPS, para iniciarmos
uma pesquisa sobre o movimento operário e a repressão sofrida por parte
das lideranças sindicais desta cidade. A história da cidade é rica em
militância constante e coerente em defesa da melhoria de condições de
vida da classe trabalhadora e de perseguições encetadas por
elementos contrários a ordem democrática.
Prado lembre-se de seu amigo de jornadas etílicas e promova o lançamento
de Márcio, o Guerrilheiro, na sua terra. Creia, o Chinelo está
precisando comprar leite pro chinelinho.
Abraços a todos, Antonio Pedroso Júnior
Antônio,
Acho
que o movimento sindical em Assis deveria ser muito ativo no tempo da
antiga Sorocabana e deve ter sofrido repressão forte no final na década
de 40, logo após o fechamento do Partido Comunista Brasileiro, cujo chefe
era o então senador Luís Carlos Prestes, que foi cassado e preso na
ocasião. Houve naquela época violenta "caça às bruxas" e os
sindicalistas foram os mais perseguidos. Sei disso porque minha família,
meu pai e tios e até primos, eram ferroviários em Botucatu.
Um
tio meu, Augusto Delgado, e um primo, Mário Delgado, por serem filiados
ao PCB, foram demitidos do emprego e presos na ocasião. Portanto, é de
supor que em Assis aconteceu a mesma coisa. Acho que sua pesquisa será válida
para resgatar esse período histórico da cidade de Assis. Poderemos
colocar o texto, no que couber, neste Fórum e na página Helenira
e a repressão política em Assis.
Abraços.
Egydio Coelho
FÓRUM
ASSISENSE EM 18 DE JANEIRO DE 2004
De: Antonio Pedroso Junior
Cidade:
Sorocaba - Estado: SP - País: Brasil
Para:
Fórum assisense
Caro
Egydio,
Além da decada de 40, igualmente no período de 1964, a repressão se fez
sentir em Assis. O caso mais grotesco ocorrido nesta cidade, sem dúvida
é o do verdureiro Flávio Sampaio. Casos como este mostram como eram
grotescas as atitudes da repressão.
Coincidencia, meu pai também era natural de Botucatu, membro do PCB,
Ferroviário da Sorocabana e demitido a bem do serviço público pelo Ato
Institucional de 09.04.64, juntamente com Norberto Ferreira e João
Batista Spanier de Assis, além de outros 39 outros ferroviários. Um abraço
FÓRUM
ASSISENSE EM 19 DE JANEIRO DE 2.004
De: Antônio Lázaro de Almeida Prado Júnior
Cidade: São Paulo - Estado - SP - País: Brasil
Para: Fórum assisense
Egydio,
Estou em débito para com o Fórum e para a nova página que você abriu
sobre a Repressão no período militar e Helenira, a guerrilheira do
Araguaia , isso se deve ao fato de estar já há dias longe de Assis e de
não ter entrado ainda em contato com o Centro de Documentação da Unesp.
Tão logo tenha chance vou solicitar a matéria do Julio Cézar sobre a
Helenira e redigitá-la para que possa ficar disponível a todos os que se
interessarem pelo assunto.
Me parece que a outra matéria do Júlio já está redigitada pelo Pedroso
e acho que devíamos pedir a ele que enviasse aqui para o Fórum e para a
nova página da VT.
O Pedroso escreveu, e lançou recentemente, livro sobre Márcio Leite de
Toledo , "justiçado" por seus companheiros de organização no
dia 23 de Março de 1971, em São Paulo; eu ainda não li "MÁRCIO -
O GUERRILHEIRO" mas, durante os cinco anos que duraram a s pesquisas,
tive várias oportunidades de ouvir do autor muitas passagens das quais
algumas com certeza fazem parte do trabalho. Esse livro pode ser achado
com facilidade em qualquer site de busca e pode ser adquirido em versão
digital além da impressa.
Pedroso, além desse livro recente e de outros, assina também o site
Subversivos ( www.subversivos.com.br ) que já citei outras vezes e que
traz artigos sobre os "subversivos" de Assis...
Quero ainda parabenizar ao Júlio pelo seu trabalho que trouxe à tona
assunto tão importante e que não fosse esse tipo de iniciativa poderia
ter caído no esquecimento.
FÓRUM
ASSISENSE EM 06 DE FEVEREIRO DE 2.004
De: Ruy Rios Carneiro
Cidade:
Santo André - Estado - SP - País: Brasil
Para: Fórum assisense
Companheiros:
Caso queiram saber mais sobre os "anos de chumbo", entrem no
site: www.ternuma.com.br
(terrorismo nunca mais) que voces vao gostar. Fraternalmente, Ruy Rios
Carneiro -(Advogado do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC)
Ruy,
O
site que você indica mostra o lado dos que foram atacados pelos
guerrilheiros, que se opuseram pelas armas ao movimento militar de 1.964.
É um site bom para também resgatar a memória dos "anos de
chumbo" e mostrar que toda guerra é suja de ambos os lados.
O
tema é bom para se discutir quem foi culpado pelo Movimento Militar de
1964.
Os
radicais de esquerda, que assustaram os democratas de direita e estes
decidiram apoiar os radicais de direita a implantar uma ditadura no País?
Ou
direita que achava que nunca chegaria à Presidência senão através de
golpe militar?
E
quem foi culpado pelo surgimento da guerrilha urbana e rural?
Os
que optaram pela guerrilha, em vez de procurar um caminho de pressão
democrática para restaurar a democracia no Brasil?
Ou
os detentores do poder, que não ofereciam nenhuma perspectiva de
restauração do regime democrático a curto e médio prazos?
No
site, vi que acusam o movimento guerrilheiro de terrorismo. Parece-me que
na época a esquerda radical praticou a guerrilha, mas não terrorismo.
Ambos condenáveis, mas há neles uma diferença ética acentuada.
Egydio
Coelho da Silva
FÓRUM
ASSISENSE EM 31 DE MARÇO DE 2004
De: Egydio Coelho da Silva
Cidade:
São Paulo - Estado - SP - País: Brasil
Para: Fórum assisense
Colegas
do Fórum assisense,
Hoje,
dia 31 de março de 2004, se "comemoram" os 40 anos do movimento
militar de 1.964. Os fatos sobre o movimento, que enchem as páginas dos
jornais hoje, eu não consigo sequer ler, tal a tristeza que me trazem,
pois, mesmo antes de 64 eu já era fanático pela democracia e pela
liberdade.
Por
isso da "Revolução de 64" eu me recordo com gosto de quatro
piadas, que eram contadas nos botecos e nos ambientes de oposição ao
regime. Guardo na memória com gosto e com um certo prazer de vingança.
São
as únicas alegrias que tenho desse período.
Piada
I
Frase
de Castelo Branco, ao assumir o governo: "O Brasil está à beira do
abismo".
Frase
de Costa e Silva ao suceder a Castelo Branco: "Já demos um
passo adiante".
Frase
de Garrastazu Medice ao suceder Costa e Silva: "Ninguém segura este
País".
Piada
II
Um
operário, desempregado, andando pela rua cabisbaixo, falando em voz alta:
-"País
de merda, país de merda..."
Um
sargento do Exército escuta e diz:
-"Você
está preso, por dizer que o Brasil é de merda".
Operário,
querendo livrar-se da prisão:
-"Não,
não é do Brasil que estou falando. Estou falando de Cuba..."
Resposta
do Sargento:
"Não
vem com essa desculpa, porque o país, que hoje é uma merda, é o Brasil
mesmo. Você está preso".
Piada
III
Um
tenente do Exército está num ônibus lotado e, no balanço do ônibus,
encostou-se a uma moça sem querer ou querendo. Um rapaz, que estava a seu
lado, deu-lhe um soco; um senhor de mais idade também lhe deu um tapa. Um
terceiro, mais furioso, o agrediu com mais força.
Confusão.
Todos vão parar na delegacia.
O
delegado perguntou ao primeiro agressor: "Por que você agrediu o
oficial do Exército".
-"Por
que ele encostou indevidamente na minha noiva";
Delegado
ao segundo agressor: -"E você por que motivo lhe deu também um
tapa?"
-"Por
que sou o pai da moça e ficaria chato se não reagisse."
Delegado
ao terceiro agressor: -"E você qual a explicação, para sua agressão:
-"O Sr. me desculpe, Dr. Delegado, mas é que eu vi todo
mundo batendo num oficial do Exército, pensei que a Revolução tinha
acabado..."
Piada
IV
Com
a censura à imprensa, havia muito boato. Numa pequena cidade do interior,
onde existia uma unidade do Exército, havia um "cara", que era
o grande boateiro.
O
comandante do Exército local resolveu lhe dar uma lição. Prendeu-o,
vedou seus olhos e o colocou na frente de um pelotão de fuzilamento. E
lhe disse:
-Você
não é patriota por que vive espalhando boato contra a revolução. Por
isso vai ser fuzilado. Conforme combinado, um soldado diz em voz alta:
-Comandante,
estamos com pouca munição. Talvez seja melhor deixar o fuzilamento para
quando chegar mais munição.
O
comandante então tirou a venda dos olhos do boateiro e disse:
-Você
teve sorte, vou te soltar, mas na próxima vez. Você não escapa.
Ao
sair e encontrar um conhecido, o boateiro já contou meio assustado:
-O
Exército está realmente falido. Não tem nem munição!
VOZ
DA TERRA EM 31 DE MARÇO DE 2004
Matéria extraída da página on line (virtual)
Cidade:
São Paulo - Estado - SP - País: Brasil
Para: Fórum assisense
41
ANOS
Fatos
do Golpe de 64 são lembrados em Assis
Norberto
Ferreira
O
Golpe Militar de 64 ficou marcado por recordações de pessoas que viveram
nesta época e que relembram os momentos de tensão da ditadura militar e
dos conflitos políticos.
Há exatos 41 anos, durante a madrugada, um golpe militar depôs o governo
de João Goulart. A realidade do movimento atingiu todo o país. Líderes
sindicais, revolucionários e estudantes de Assis foram envolvidos no
sistema.
O ferroviário aposentado e líder político, Norberto Ferreira, foi um
destes. Na época ele era presidente da então União dos Ferroviários.
Representando ativamente a classe dos ferroviários era considerado pela
direita, subversivo e comunista ou “oposicionista”. No final de 1963,
os ferroviários mobilizaram movimento de greve por 18 dias e isso ficou
marcado na memória de alguns políticos.
Dada a proximidade do golpe, 42 dirigentes sindicais foram cassados,
Ferreira (único de Assis) estava no meio deles. O governador da época
era Ademar de Barros. “Foi uma reação militar, as pessoas faziam denúncias
sigilosas, queriam truncar lideranças”, afirma.
No dia do golpe, Ferreira foi surpreendido por 30 soldados que invadiram
sua casa e o prenderam, levando-o para São Paulo. “Fiquei preso por 42
dias junto com outros militantes da cidade. Eram perseguições políticas
sem sentido”, informa.
Em Assis, Ruy Silva acabava de ser eleito prefeito e Ferreira tinha sido
eleito vereador. “Naquele tempo, a posse era dada em 1º de fevereiro e
foi no último dia de março que tudo aconteceu”, detalha.
Ferreira entende o período do golpe de 64, como “uma derrota na vida
política democrática, quando o militarismo anulou alguns partidos,
mantendo apenas o MDB e o Arena”.CÍNTHIA MORELLI
FÓRUM ASSISENSE EM 31 DE MAIO DE 2.005
De: Antônio Lázaro de Almeida Prado Júnior
Cidade: Assis - Estado - SP - País: Brasil
Para: Fórum assisense
Egydio,
Recebi de meu amigo Antonio Pedroso Junior uma Carta Póstuma para Helenira, escrita por Bruno Ribeiro. Pedroso autorizou que fosse publicada no Fórum dos Assisenses ou na página dedicada a ela.
Aproveito para anexar o convite para o lançamento do livro de poesias de meu pai que será no próximo sábado. Vários assisenses já confirmaram presença e será um bom momento para reencontrar conterrâneos e amigos da Faculdade. Peço, em nome de minha família, que estenda o convite a todos os leitores do Fórum.
Saudações,
Caro Prado.
Vi
há uns dias atrás um livro sobre a guerrilha no Araguaia. Havia uma foto
de Helenira nesse livro. Seria interessante se me enviassem uma foto dela
para colocar nesta página. Abçs. Egydio
Carta póstuma para Helenira
Querida Helenira:
Esta carta chegará com 33 anos de atraso. Mas escrevo para lhe agradecer o gesto tão nobre de ter tentado. Dizem que não se deve tentar, porque o mundo é assim mesmo. Mas é um erro achar que o mundo não muda. Se o primeiro negro norte-americano não tivesse se recusado a ceder o lugar para um branco, no ônibus, talvez o apartheid persistisse até hoje, nos Estados Unidos. A história registra inúmeros casos de sacrifícios individuais que geraram mudanças no plano coletivo.
Quando balas da ditadura vararam teu coração de mulata, estavas na flor da idade. Na poética definição de um camponês que lhe conheceu na luta, eras "a flor da subversão na boniteza". Deixastes de ser uma estudante paulista para virar heroína nacional na selva do Araguaia. Os anos passaram, o mato cresceu e a tornou parte do solo brasileiro – este solo que um dia há de ser nosso.
Quando vice-presidente da UNE, pedistes para que a juventude nunca deixasse de acreditar. Que o sonho não deveria ser inatingível pelo simples fato de ser sonho. Ora, o avião também não era um sonho antes de ser inventado? E quem diria ser possível, antes que o primeiro riscasse o céu? Por isso, quando o comandante da guerrilha lhe perguntou o que gostaria de fazer quando viesse o triunfo, respondestes sem titubear: "Quero ser crítica de arte". Uma menina carregando um fuzil e sonhando ser crítica de arte.
Há de chegar o dia, Helenira; a paciência é virtude revolucionária. Por isso alguns homens preferem não exaurir a vida e optam por trilhar o caminho da solidariedade desinteressada e da justiça. Os exemplos são incontáveis e podemos começar com Jesus Cristo, se quisermos ter um ponto de partida. Não é sintomático que todos tenham sempre o mesmo fim?
Devemos sentir orgulho. Pior seria ter ficado ao lado dos que venceram nessas batalhas. É tão certa a nossa convicção como é verde e amarela a bandeira, como é vasto o mar, como é fértil a terra. Para os arrivistas, nosso otimismo é imperdoável. Mas há motivos para crer no futuro: armas não matam idéias; e enquanto "eles" nos dão por mortos, começamos tudo de novo, como formigas reconstruindo o formigueiro após cada temporal.
Independente de qualquer ideologia, que admirável gesto dedicar a própria vida em nome de milhões de brasileiros que sequer sabiam de sua existência! Homens analfabetos, famintos, embrutecidos pelo desemprego e pelo trabalho escravo. Assim como no poema, tinhas apenas duas mãos e o sentimento do mundo.
Nos livros de escola, teu nome não aparece. Os capítulos importantes são reservados aos generais, como Duque de Caxias – o que ordenou o massacre de velhos e crianças na Guerra do Paraguai – ou a heróis consentidos, como Princesa Isabel, que assinou a Lei Áurea para evitar a revolução negra. O presente pode ser injusto, mas o futuro está do nosso lado. Não importa que tenhas caído. Certas derrotas deixam o legado de perseverança e mantêm vivas as grandes mensagens. O resto, Helenira, é a barbárie.
Ontem, visitando um amigo na Vila Esperança, me deparei com teu nome numa placa de rua – Helenira Rezende de Souza Nazareth. Ao menos ali, naquela ruazinha de terra, em Campinas, habitada por gente sofrida e trabalhadora, alguém soube de ti. Na Vila Esperança – e que nome mais sugestivo para um bairro pobre – Dona Marcolina, de 68 anos, rega diariamente a roseira que plantou ao pé da placa que leva teu nome. A flor da subversão na boniteza.
Bruno Ribeiro
FÓRUM
ASSISENSE EM 07 DE JANEIRO DE 2006
De: Coligni Luciano Gomes
Cidade:
Limeira. Estado: SP . País: Brasil.
Para: Fórum assisense.
Caro
Egydio.
Em 1966, após se eleger Senador pelo Estado de Goiás, Juscelino foi
cassado pelo governo militar, que o considerava uma grave ameaça à
"democracia" de que o regime autoritário se intitulava defensor
perpétuo.
Episódio
que se estigmatizou como uma das maiores injustiças em nossa história
política.
Naquela ocasião, o Prof. Nicanor foi interrogado na Polícia para
explicar a razão de possuir a foto ao lado do mineiro de Diamantina,
seresteiro e apreciador de jabuticabas, a quem admirava de forma
inconteste.
E o admirarva num momento em que eram perigosas essas
"manifestações de rebeldia".
Considerando o atual seriado na "telinha", que faz a ocasião
propícia, estou encaminhando a foto do grande presidente da república
quando de sua passagem por Assis (59-60).
Entre ele e o professor, uma pessoa cujo nome não me recordo, mas seria
de bom tom que algum de seus leitores nos informasse, para que se faça
justiça.
Obs. A mancha na testa não se trata de ferimentoe e sim um acidente com o
retrato. Abraços a todos.
Caro
Coligni:
Coloquei
a
foto e seu texto também nas páginas de fotos antigas de assisenses e
de *Helenira
e a repressão da ditadura militar, pois, mostra a
pequenez da caça às bruxas, que sofremos naquele período. Grato e
abraços. Egydio Coelho
FÓRUM ASSISENSE EM
18 DE ABRIL DE 2006
De: Egydio Coelho da Silva
Cidade: Assis. Estado: SP. País: Brasil
Para: Fórum Assisense
Lamento
informar aos assisenses participantes deste Fórum que há meia hora
atrás recebi a triste notícia do falecimento de José Santilli
Sobrinho, ex-deputado estadual, ex-deputado federal e ex-prefeito de
Assis.
Sem
dúvida, Zeca Santilli faz parte da história de Assis. E também, da
história política do Brasil.
Não
me esqueço nunca de que, de certa forma, o endurecimento do Regime
Militar teve como personagem inicial o então deputado federal
Santilli Sobrinho.
Ele
fora buscar seu filho na Faculdade onde estudava em Brasília, quando
se iniciou uma manifestação estudantil contra o Regime Militar no
Campus da Universidade de Brasília. Houve intervenção militar e
Zeca foi espancado por soldados do Exército. Isto provocou o violento
discurso do então deputado Márcio Moreira Alves. Em seguida, os
militares exigiram do Congresso a cassação de Márcio Moreira Alves.
O Congresso em votação histórica se recusou. Daí então o então
ministro da Justiça, Gama & Silva, anunciou em rede de televisão
no dia seguinte, que o Presidente da República havia baixado o famoso Ato Institucional número 5,
cassando deputados que votaram contra, inclusive os da Arena,
então partido do Governo.
Zeca
pela sua coerência política merece realmente estar ligado à
história de Assis e do Brasil. Nossas condolências à família.
Abraços a todos. Egydio Coelho da Silva.
FÓRUM ASSISENSE EM
20 DE OUTUBRO DE 2.006
De: Luiz Marcos Barrero
Cidade:
São Paulo - Estado - SP - País: Brasil
Para: Fórum assisense
Egydio:
Como vai? Me manda: ...as agruras de 64 que um dia vc me contou, para
incluir no livro. O Tiroli falou alguma coisa...
Urgente. Estou fechando o livro pra lançar no fim do ano em Assis. Abs.
Barrero.
Barrero,
Um pouco antes de 31 de março de 1.964, eu, por sugestão de Rodrigo Duque
Estrada, meu amigo e membro do diretório regional do MTR, havia escrito
uma carta a Leonel Brizola, solicitando artigo para publicar em Voz da
Terra.
E, após o golpe, a grande imprensa vinha informando que os militares
haviam se apoderado das correspondências de Brizola, para investigação e
prisão de suspeitos por subversão.
E quando eu trabalhava em Presidente Prudente, para onde tinha sido
removido por questões políticas, recebi um telefonema de minha mulher,
contando que policiais me procuraram em minha casa em Assis e ela os tinha
informado que estava trabalhando em Presidente Prudente.
Na certeza de que eu poderia ser preso, como estava acontecendo com outros
em Assis, eu decidi fugir e ficar afastado por quase um mês, sem informar
a ninguém onde me encontrava.
Eu suponha que o período de repressão seria breve e dentro de um mês,
haveria mais condições de algum contacto político e evitaria a minha
prisão. Viajei para Botucatu e me refugiei na casa de uma prima, que
morava em Rubião Jr., que na época era um distrito de Botucatu.
Decorridos uns 20 dias, soube que não mais fora procurado e voltei ao
serviço, mesmo porque, se passasse de 30 dias, poderia perder o cargo por
abandono.
Fiquei sem saber se os policiais desistiram de me encontrar ou se me
procuraram por outro motivo, relacionado talvez com notícias em Voz da
Terra.
O episódio mostra no mínimo o ambiente de terror que se seguiu ao advento
do golpe militar. E quando se trata de um jornalista, dá para imaginar que
liberdade se podia ter para exercer a profissão. Assim mesmo encontrei
coragem para escrever algumas coisas contra a revolução, uma que me lembro
foi um artigo que escrevi, com o pseudônimo de Orozimbo de Assis, no qual
citei Tristão de Ataíde (Alceu de Amoroso Lima) e comentava a repressão
cultural a professores e alunos da antiga Faculdade de Filosofia Ciências
e Letras de Assis. Após a publicação desse artigo, fui procurado pelo
prof. Almeida Prado que o elogiou e se iniciou como colaborador de Voz da
Terra.
Veja também trechos de artigo que escrevi hoje sobre o falecimento de
Abílio, que trata também do tema:
Abílio não deixa só saudades
*Egydio Coelho da Silva
A morte de Abílio Nogueira Duarte me faz rememorar a minha existência, ao
longo de 44 anos, desde o dia quatro de maio de 1.962, quando o conheci no
segundo dia, após minha chegada a Assis, pela primeira vez.
...Perdidas as eleições, se iniciou perseguição política muito comum na época,
pois Adhemar era o governador e o delegado regional da Fazenda em Presidente
Prudente também era adhemarista. Abílio foi removido para Fernandópolis,
Hélio Rosas para Santo Anastácio e a mim, a pena foi mais branda, fui para
Presidente Prudente.
Com o advento da revolução em 31 de março ou primeiro de abril, como
dizíamos nós os oposicionistas, a situação se complicou mais ainda.
Lembro-me de que a primeira pessoa, que procurei quando retornei à minha
casa no fim de semana do serviço em Presidente Prudente, foi Abílio Nogueira
Duarte. Nunca mais esqueci sua aparência de assustado e até intranqüilo,
coisa rara naquele líder que sempre aconselhava e acalmava os companheiros.
Previa ele que a repressão, com a cessação das garantias constitucionais,
seria pesada e cruel.
Amenizada a repressão, se formou o MDB e Assis, graças a Abílio, Santilli
Sobrinho e Hélio Rosas, a cidade era uma das poucas no Brasil, que iniciaram
oposição sistemática à revolução e, somente uma década mais tarde, começou a
enfraquecer. Confirmou-se que o povo raciocina devagar, mas raciocina certo.
A eleição de Zeca Santilli para deputado federal, de Abílio a deputado
estadual, que chegou a vice-presidente da Assembléia Legislativa mostrava o
amadurecimento político e amor à democracia do povo assisense. Abílio,
porém, não hesitou em deixar o cargo de deputado para atender sua antiga
aspiração e concorrer novamente a prefeito de Assis e, desta vez, ganhar as
eleições.
Abriu-se então espaço para Hélio Rosas, apoiado por Abílio e Santilli, ser
eleito deputado estadual.
Analisando esse período histórico de Assis, ligado inclusive a história do
Brasil, não se pode deixar de reconhecer a importância política e de
liderança, com muita convicção, que exerceu Abílio Nogueira Duarte.
Abílio foi embora, mas não só deixa saudades, como também e, principalmente,
o exemplo de coerência, lealdade e firmeza, num tempo em que a palavra, dada
a um amigo e companheiro, valia mais do que qualquer documento ainda que
registrado em cartório. *Egydio Coelho da Silva é jornalista
FÓRUM ASSISENSE EM 14 DE NOVEMBRO DE 2006
Nome: Bruno
Ribeiro
Cidade: Campinas. Estado: SP. País: Brasil
Para - Fórum Assisense
Olá Egydio, como vai?
Meu nome é Bruno Ribeiro, sou jornalista em Campinas (SP) e autor da Carta
Póstuma para Helenira, que você ou algum leitor já publicou em seu site.
Bem, estou precisando de mais informações sobre nossa Helenira, visto que
estou escrevendo sua biografia. Gostaria muito de poder ler a matéria que
saiu no jornal Voz da Terra, em 1979, mas não consigo encontrá-la de jeito
nenhum. Você teria como me ajudar nessa empreitada? Também busco fotos
inéditas de Helenira, além daquelas duas fotos conhecidas que estão no site
do PCdoB. Qualquer ajuda será bem vinda, pois o tempo urge! (risos), grande
abraço.
Caro Bruno,
Acredito
e espero que você receba colaboração de assisenses, que conheceram Helenira;
de Júlio César Garcia, que fez reportagens sobre Helenira.
Inclusive
o Antônio Lázaro de Almeida Prado Jr. me reafirmou sua intenção de enviar
textos, que têm em seu poder para ser colocado nessa página. Para facilitar
a localização desta página, coloquei um link na coluna à esquerda na
página de Voz da Terra (
www.vozdaterra.com.br ) Abçs.
Egydio Coelho da Silva
FÓRUM ASSISENSE EM 13 DE AGOSTO DE 2010
De: Márcio Santilli.
Cidade: Brasília. Estado: DF. País: Brasil.
Para: Fórum assisense.
Egydio, prezado, recebi a mensagem
sobre o Fórum e desejo ser incluído. Grande abraço.
Caro Márcio,
Seu email já está em minha lista e você receberá todas as mensagens do Fórum
dos moradores.
Será muito bom para todos sua participação. Além de sua história de vida,
que é muito rica, há a história de vida de seus pais e avós praticamente
tudo relacionado com Assis. De seu pai, Zeca Santilli, somente aquele
episódio histórico em 1.968 já daria para escrever um livro.
Eu me lembro bem disso. Voz da Terra tinha sua sede na Rua José Nogueira
Marmontel e recebemos a Folha de São Paulo com a foto de Santilli Sobrinho,
deputado federal do MDB, na primeira página, sendo agredido por policiais no
Campus da Universidade de Brasília. O fato teve repercussão nacional e
provocou o famoso pronunciamento do deputado Márcio Moreira Alves, com
críticas veementes ao Exército.
Em seguida, Costa e Silva exigiu do Congresso que cassasse o mandato do
deputado em razão das críticas aos militares. Como o Congresso se recusou,
adveio o Ato Institucional n. 5, que cassou todos os congressistas que não
se apresentavam fieis ao regime.Santilli surpreendentemente não foi cassado.
Mais tarde,
em viagem que fiz com Abílio e Zeca a São Paulo em carro oficial da
Assembléia Legislativa, lembro-me de Zeca dizer em tom de brincadeira que
"se sentia constrangido por não ter tido seu mandado cassado, pois todos os
deputados que se opunham ao Governo haviam sido cassados".
E ele explicou o motivo: "Minha atuação é mais regional e, por isso, não me
viram como ameaça ao sistema". Outra hipótese que ele levantou foi que a
agressão sofrida por militares já o marcara como vítima e a cassação de seu
mandato seria mais um motivo para crítica da grande imprensa ao Ato
Institucional.
Portanto, Márcio, se você participar deste Fórum de moradores com certeza
terá muita coisa a falar sobre a história recente de Assis, a qual foi muito
influenciada por sua família. Abs. e seja bem-vindo.
Egydio Coelho da Silva
FÓRUM ASSISENSE EM 29 DE
SETEMBRO DE 2012
De: Elizabeth Gelli.
Cidade: Assis. Estado: SP. País: Brasil
Para: Fórum Assisense
Prezado Sr. Egydio,
Fui recentemente a um Congresso de Psicologia em SP - 2a. Mostra Nacional de
Práticas em Psicologia - e havia uma Mesa composta com várias pessoas que
discutiram a questão dos Direitos Humanos e o Direito á Verdade, movimento
no qual o Conselho Federal e os Regionais de Psicologia também estão
envolvidos.
Uma da expositoras - professora da Universidade Federal do Pará- dedica seus
estudos à Guerillha do Araguaia. E ao final da fala prestou uma homenagem
emocionada à Helenira Rezende.
Eu também emocionada, subi ao palco apos o encerramento da Mesa e falei a
ela que eu era de Assis. Abraçou-me com força e perguntou se eu tinha algum
contato com familiares da Helenira.
Expliquei que eu cheguei a Assis em 1970 e não conheci ninguém, os
personagens dessa história tornaram-se invisiveis....
Entrei em contato com o Julio Garcia e ele me disse que há uma extensa
matéria sobre a vida e morte da Helenira, quem sabe nos arquivos da Voz da
Terra.
O senhor sabe desse material?
Teria como me indicar algum familiar da Helenira para que eu fizesse o
contato com a professora paraense?
Desde já fico muito agradecida. Elisabeth Gelli- profa. aposentada-Unesp
Prezada Elisabeth,
Não sei se existe algum parente da Helenira em Assis. Acredito que algum
participante deste Fórum possa informar.
Sobre a atuação dela na
Guerrilha do Araguaia tenho muita coisa disponível na página
** Repressão militar em
Assis
Att.
Egydio Coelho da Silva
FÓRUM ASSISENSE EM 03 DE
JANEIRO DE 2014
De: Alessandra Beber Castilho.
Cidade: Mogi das Cruzes. Estado: SP. País: Brasil.
Para: Fórum Assisense
Prezado Egydio, boa tarde.
Faço parte da Comissão da Verdade da UNE, cujos trabalhos começaram em
início de 2013. Atualmente estamos trabalhando em um relatório sobre a
Helenira Rezende. Procurando fontes na Internet encontrei o fórum no qual
há discussões sobre a Helenira e a repressão em Assis. Ali pude ler que em
seu jornal foram escritas algumas matérias sobre a Helenira na época. Por
acaso estas matérias estão digitalizadas? Existe alguma possibilidade de
compartilhamento?
Desde já agradeço,
Alessandra Beber Castilho
Comissão da Verdade da UNE.
Prezada Alexandra,
Helenira é a assisense que
optou pela guerrilha na luta pela redemocratização do Brasil; seu pai era
médico em Assis e muito estimado por todos. Foi morta pela repressão
militar no combate à famosa Guerrilha do Araguaia.
O jornalista Júlio César
Garcia em 1979 fez várias reportagens sobre ela e sobre a repressão
militar em Assis. Para registrar os depoimentos que apareceram neste
Fórum, abri uma página na Internet, sob o título
** Repressão militar em
Assis (
http://www.ajorb.com.br/vt-helenira.htm )
e há ali também uma informação
detalhada do próprio Júlio César Garcia em 05 de janeiro de 2004 sobre as
reportagens que ele fez. Júlio até pouco tempo era editor de um dos mais
importantes jornais diários de São José do Rio Preto, mas não sei se ele
teria mais informações além das que eu já disponibilizei na Internet.
Houve uma manifestação de um
participante deste Fórum de que enviaria cópias das reportagens feitas por
Júlio César para serem inseridas naquela página na Internet. Infelizmente,
por algum motivo, ele não conseguiu seu intento.
Existe uma coleção completa
de Voz da Terra na Cedrau da Unesp de Assis.
Acredito que se você se
dirigir à diretoria da Unesp de Assis poderá obter cópia dessas
reportagens, que, ao que parece, já estão digitalizadas.
Fique à vontade para
utilizar todos os textos disponibilizados nas minhas páginas na Internet e
nas reportagens publicadas em Voz da Terra.
Abs. e desculpe não poder
ajudar mais.
Egydio Coelho da Silva
FÓRUM ASSISENSE EM 17 DE JULHO DE 2014
De: Joaquim Xavier.
Cidade: São Paulo. Estado: SP. País: Brasil.
Para: Fórum Assisense
Caro
Egydio!
Na
ultima mensagem do Forum Assisense uma pessoa perguntou se havia alguma
referencia virtual sobre o caso Helenira. Encontrei estas duas inclusive
com a participação do Voz da Terra. Espero que ajude.
http://www.umdoistres.com.br/fotododia/setembro2012/fotododia2419.jpg
http://www.umdoistres.com.br/magazine/magazine2012/helenira/helenira.htm
FÓRUM ASSISENSE EM 18 DE JULHO DE 2014
De: Márcio Amêndola de Oliveira.
Cidade: Embu das Artes. Estado: SP. País: Brasil.
Para: Fórum Assisense
Egydio, com relação às indagações de uma jovem da UNE sobre a Helenira
Rezende, há um livro biográfico sobre ela, publicado pela Editora
Expressão Popular. Também escrevi um texto sobre a Helenira. Pode passar
meu e-mail (
fatoexpresso@gmail.com
) e contato à jovem, que fornecerei mais informações, com
prazer.
Att Márcio Amêndola de Oliveira
OBS: Trabalhei na Voz da Terra entre 1977 e 1978.
Primeira
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