Egydio Coelho da Silva e Suely Silvae

História da fundação  de Monte Verde
Camanducaia - Distrito de Monte Verde -MG - Brasil

 História e geografia de MV: de junho de 2000 a maio de 2003

 

Quase 40 anos de história

Em 1963 o sr Werner Grinberg trouxe para a pequena vila um objeto, que funcionava à base de água e fogo, sendo o responsável em iluminar as poucas residências que existiam em Monte Verde.

Hoje, o gerador que fornecia energia para poucos que viviam aqui, foi transformado em um monumento histórico,  exposto na entrada da cidade.  

“A água fervia e formava uma pressão, funcionando como um gerador, beneficiando toda vila levando luz às casas”, lembra Benedito Fernandes da Silva, 71 anos, conhecido por todos como Sr.Murilo.

Natural de São Francisco Xavier, interior de São Paulo, Sr. Murilo operou a máquina por cinco anos até que chegou a luz elétrica.

Ele conta que todos os dias ás cinco da manhã colocava água e fogo na máquina.

“De dia funcionava a serraria do sr Werner, e à tarde quando o sol já ia embora o gerador fornecia luz às residências até as dez da noite” lembra ele.

 

Gerador, transformado em Monumento Histórico de MV.

 

Naquele tempo não existiam os eletrodomésticos, alguns tinham o privilégio de ouvir o som do radio da casa do Sr. Werner.

A Vila da Fonte ainda não existia e podia-se contar nos dedos as poucas casas.

O Sr. Rudolr Streubrel, 92, que veio aos 20 anos da Alemanha para o Brasil, lembra bem daqueles tempos.

”Quando começava escurecer dava-se o sinal, piscavam três vezes, era a hora de ligarmos o lampião”, lembra o Sr. Rudolr.

O Sr. Rudolr se recorda que apenas existiam meia dúzias de casas na Av. Monte Verde e o hotel Cabeça de Boi.

“Lá em cima na vila era tudo capoeira”, diz sr Rudolr se referindo ao mato, que dominava onde é hoje a Vila da Fonte.

Hoje só ficaram as histórias de quem viveu naquela época, Sr. Murilo, que é também Sr. Benedito, vive até hoje em Monte Verde com sua esposa Benedita Martins e três filhos e tem muito orgulho do trabalho, que prestou.

Em breve o primeiro monumento histórico de Monte Verde será restaurado com pinturas novas e continuará exposto para que novas histórias sejam contadas.
Texto de: Suely Silva

 

 VOZ DA TERRA impressa -  MARÇO/ABRIL DE  2.002  

Um pouco de história

É só imaginar como era no século XVIII, quando os Bandeirantes, vindos de São Paulo, abriram caminho em meio às matas em busca do ouro, criando a pequena vila de Camanducaia (em 1849).

Somente em 1868 foi criado o município.

“Monte Verde era intocável nessa época, as pessoas tinham medo daqui por existirem muitos animais”, conta dona Anita Bortz, cuja família chegou da Rússia e veio morar na região por volta de 1930.
No ano em que estourou a revolução, liderada por Getúlio Vargas.

O Sr. Verner Grinberg e sua família chegaram depois, em 1940, para tomar posse da Fazenda Pico do Selado.

Não foi à toa que eles se apaixonaram pelo local.

A semelhança com topografia e clima tipicamente europeu, fez nascer o que é hoje MV, só resta consciência em preservar cada vez mais.

É preciso proteger sempre a natureza e até lutar se for preciso, para que ninguém destrua o que é nosso de direito.

Texto de: Suely Silva

 

VOZ DA TERRA ON LINE EM  09 DE JULHO DE  2.002

Pelos Caminhos Do Circuito Serras Verdes do Sul de Minas

Por Suely Silva

As margens da Fernão Dias, que um dia foi apenas uma trilha cortada por índios, forasteiros, imigrantes, aos poucos foi sendo povoada, espalhando-se pela serra da Mantiqueira.

A ambição pelo ouro e as riquezas, que a terra ofereciam, foram fatores importantes para a formação dos primeiros núcleos de colonos e, por fim, as pequenas cidades do Sul de Minas Gerais.

A fé e o sentimento religioso também foram fatores primordiais para a formação de muitos vilarejos, que se transformaram em seguida em cidade santuário.

Hoje, cada uma com sua beleza, com sua história faz parte do Circuito Serras Verdes do Sul de Minas.

Viajar pelo Circuito Serras Verdes, lembrando ser eles: Extrema, Itapeva, Monte Verde, Cambuí, Córrego do Bom Jesus, Estiva, Senador, Bom Repouso, Tocos do Moji, Paraisopolis, Consolação, Gonçalves, Toledo e Moji-Mirim é atravessar a historia e fazer uma viagem de sonhos.De belas paisagens e trilhas pouco conhecidas.

É ter certeza que aqui bem pertinho da gente existem paraísos ainda desconhecidos.

Não levando em conta a falta de estrutura para receber os turistas, que virão desbravar esse tesouro sul mineiro, vamos apenas descrever a sua beleza natural e a história de seu povo.

O município do Córrego, que ao meu ver é um dos mais belos da nossa região tem uma história inusitada.

Em 1873, saiu de Portugal e atravessou o Atlântico com destino ao pequeno vilarejo, uma imagem do Bom Jesus, sendo notícia nos melhores jornais do Porto na época, que noticiaram:

“O Sr. Manuel Soares de Oliveira, hábil escultor desta cidade, acaba de expor em público mais um dos seus excelentes trabalhos.

É uma imagem do Senhor preso, em tamanho natural.

Nada falta a bela obra para se tornar admirada.

A imagem reúne uma posição muito natural, grande correção nas formas e musculaturas.

É a mais bela expressão de dor na sua fisionomia.

Encontra-se exposta na oficina do dourador João Teixeira, em breve irá para o Brasil”,  assim dizia o jornal português, “O Progresso Comercial” do Porto.

Esculpida pelo português, Manuel Soares e pintada pelo dourador João Teixeira, é a segunda existente no Brasil e custou na época 400 mil réis.

A imagem, que por direito pertence ao Córrego, quando foi levada a capela de Cambuí para uma visita, precisou de muita gente para trazê-la a força de volta.

Hoje é contado com muito humor por seu Zé Polidoro, 97, um dos moradores mais antigos.

“Eles não queriam devolver, então, nos munimos de facões e porretes e arrancamos o Bom Jesus a força da igreja.

Afinal ele nos pertencia” conta seu Zé orgulhoso pela façanha que viveu na época.

O Córrego, assim como todas as outras cidades, é um lugar misterioso e cheio de histórias que até nem posso relatar de tão assustadoras.

Em agosto, o Córrego recebe inúmeros romeiros para a festa do Bom Jesus que virou uma tradição, completando quase 130 anos de história.

Outro lugar, que vale a pena visitar, é o alambique do seu Zé, no Bairro de Lavras, há cinco quilômetros do centro.

São quase 400 anos de tradição.

Tudo é movido a energia natural.

Seu Zé, já na quarta geração de uma família de imigrantes italianos que ali chegaram e construíram o engenho é hoje o herdeiro.

Na sua humildade e perseverança continua fabricando artesanalmente a cachaça, apenas para o consumo dos amigos e para preservar a relíquia da família.

Vale a pena conhecer o alambique do seu Zé, mais ainda pela pessoa maravilhosa que ele é suas histórias.

Bom, um fator importante a esclarecer é que a Pedra de São Domingos, um dos picos mais altos da região, também,  ótimo ponto para os futuros turistas, pertence a três municípios, Camanducaia, Paraisopolis e Córrego.

E pronto! Ninguém precisa discutir mais isso!

A Pedra é de todos.

Estiva também tem sua importância, por já ter conquistado o primeiro lugar na plantação de morango no país.

E também, outra curiosidade de Estiva, é a origem do seu nome.

Em 1720, foi preciso construir um estivado de madeira roliça para que as tropas e cargas pudessem passar por ali, na grande maioria eram os forasteiros, levando o ouro extraído de Minas Gerais para a capitania de São Paulo.

Contam os antigos que o local era um pantanal, pior trecho da estrada, onde tropeiros viviam perdendo seus burros de cargas nos atoleiros existentes por ali.

Daí então, originou o nome Estiva.

A pequena Estiva hoje, também, diga-se de passagem, sem nenhuma estrutura hoteleira e gastronômica, tem sua beleza nos casarões ainda preservados e as cascatas com inscrições indígenas ainda desconhecidas por muitos.

Mas, é de Estiva que vai para todo circuito e, em breve, para todo Brasil, as deliciosas compotas da Alquimia Mineira, feitas com muita dedicação pela moradora Roselene.

Ainda em Estiva, subindo uma serra e passando a fazenda Velha, chegamos a Tocos do Moji, uma cidade, que é exemplo de união política e participação popular.

Foi a última cidade do Brasil a ser emancipada, antes da Lei do Serra (em 1998), que dificultou a criação de municípios.

Com muita luta e união, Tocos do Moji é uma cidade independente desde 1997.

Uma cidade com apenas quatro mil habitantes, mas posso afirmar que, quando cheguei a Tocos, imaginava uma cidade de menos de dois mil habitantes de tão pequena.

Pequena no tamanho, mas grande é o seu potencial turístico. Inúmeras cachoeiras cortando as estradas e muitos picos para quem curtem a prática de montanhismo.

Ali, na pracinha, no centro de Tocos, em meio a uma moderna fonte luminosa, as senhoras fazem seu crochê.

Além de transmitirem hospitalidade, é claro, característica própria do mineiro autêntico, elas estão contribuindo um pouquinho com sua arte para o desenvolvimento do município. 

Também, despertando para o turismo, Tocos do Moji não oferece muito em matéria de estrutura como hospedagem e gastronomia.

Mas com um povo unido, como pude perceber, e uma administração competente, valendo ressaltar o nome do prefeito: Antônio Rodrigues da Silva, Tocos tem tudo para crescer. Parabéns!

Ainda continuo minha viagem pelos Circuitos Serras Verdes do Sul de Minas, e a “Próxima Parada” pode ser aí na sua cidade. Ainda faltam muitas trilhas a serem enfrentadas graças ao novo programa de turismo, produzido pela Visual Produções de São Paulo, no qual fui carinhosamente convidada pela produtora Leilla Tonin e o diretor Amauri Mauro, que estão me dando a oportunidade de trabalhar como roteirista do programa, que será exibido em breve pela Rede Mundial de Televisão. Até a “Próxima Parada”.

 

VOZ DA TERRA IMPRESSA ABRIL DE  2003  

“Linda, mas inacessível - Ser ou não ser é questão proposta a Monte Verde”

Suely Silva

Vendo todos aqueles jornais antigos que me foram doados pela condessa Catalin Keglevich (conhecida por dona Muki) onde os grandes veículos de comunicação falavam sobre a pequena Monte Verde, pensei então descrever aqueles bons tempos de sossego para quem vivia aqui...

"Linda, mas inacessível", parece estranho esse título, mas é o que dizia o Jornal, O Globo de São Paulo em 15 de setembro de 1971, sobre a vila de Monte Verde.

Muitos que aqui estavam não queriam o desenvolvimento de Monte Verde, apesar do potencial turístico, evidente aos olhos de alguns. A belíssima natureza e o clima ameno despertava os paulistas e ameaçavam a tranqüilidade dos que aqui estavam. Veja na íntegra o que dizia a reportagem:

"Uns querem que ela permaneça como está - fria, solitária, quase inacessível; outros querem transformá-la em local de turismo, aproveitando seu ambiente natural e sua temperatura que, no inverno já chegou a 16 graus abaixo de zero, congelando o lago.

A vila é uma verdadeira surpresa para quem enfrenta sua péssima estrada de acesso: são 130 mansões, ocultas pela serra que ladeia a Rodovia Fernão Dias, cercada de florestas de pinheiros, uma aparência suíça reconfortante. Possui três hotéis de boa categoria, uma pista de aviação não homologada pelo DAC.

Monte Verde não possui nenhum comércio, serviço de esgoto e outros recursos metropolitanos.

Pode-se mesmo dizer que é um acampamento de alto luxo cercado por pinheiros, onde os proprietários governam e cuidam, de sua própria área: trocam lâmpadas do serviço de iluminação elétrica, cuidam da limpeza e da destinação do lixo".

Os que lutavam desde aquela época em transformar Monte Verde em cidade turística se reuniram e procuraram o governador na época (Francelino Pereira), que inclusive foi o único até hoje que pisou em solo monteverdense, segundo contam os antigos.

"Interessados em colocar Monte Verde no panorama turístico nacional, alguns moradores da vila – os hoteleiros e mesmo o fundador - procuraram o Governo mineiro para solicitar melhoria da estrada de acesso.

Existe um projeto, já assinado, de melhorar o piso e eliminar algumas curvas, encurtando em quatro quilômetros o trajeto original, que passa pelos terrenos da Cia Melhoramentos, também arredia à idéia de afluência turística a Monte Verde, pelo possível risco que isto poderia causar às suas reservas de pinheiros.

Em agradecimento ao interesse do Governo mineiro, o Sr. Grinberg doou 12 hectares de florestas ao Estado.

Apesar dos protestos dos que querem preservar Monte Verde tal como está, ainda há muita terra à venda, que faz prever um fluxo maior de interessados e, conseqüentemente, a exploração turística do local".

Bem, se você gostou desta reportagem séria e política, espere para ver a próxima de Agosto de 1968 do Suplemento de Turismo do "Estado/SP" nº 111, onde a manchete é "Monte Verde não está no mapa - Se você não é barra limpa não vá". Até lá!

 
VOZ DA TERRA  IMPRESSA  MAIO DE  2003

Se você não é barra limpa, não vá!

Conforme combinado na edição anterior continuo reproduzindo textos de jornais antigos os quais falam de Monte Verde, ou seja, do seu início como pólo turístico.

Nesta edição estarei reproduzindo o Suplemento de Turismo do Estado de São Paulo, de agosto de 1968 da jornalista Clycie Mendes Carneiro.

Veja alguns trechos na íntegra:
“Quem lhe contou sobre este lugar?

É a pergunta que ouvirá, invariavelmente, quem chegar a Monte Verde. Porque este lugar não existe no mapa e em nenhum compêndio de geografia ou história.

Está entre o céu e a serra.

Há vinte anos tudo era mato. Com onça suçuarana, porco do mato, paca, tatu, capivara, lontra e outros bichos de que ainda existem descendentes por lá.
Monte Verde é um pedaço da Europa, de clima europeu e habitado por europeus, em território mineiro.

Mas, quem freqüenta é só gente de São Paulo.

Quem mora lá e não tem cara de alemão, suíço, holandês, húngaro, austríaco, tem nome ou sotaque.

Mas todos são bons brasileiros, a maioria naturalizada.

Japonês só tem um, que vai uma vez por semana, levar verduras. Quinhentos habitantes são a população fixa.

Dobra ou triplica em certas ocasiões do ano, com os fãs incondicionais que sobem a serra.

Quando se fala em estrangeiros, pensa-se logo num povo austero, egoísta, individualista, reservado.

Em Monte Verde não é assim.

Todos são amigos de todos, formando um só clã, uma só família.
Se você pedir um lápis ou uma caneta em Monte Verde, ninguém terá para lhe emprestar.

Se perguntar as horas, dificilmente obterá informação.

O dia, os recém chegados podem informar.

Nenhuma casa tem antena de televisão e nem televisão sem antena. Rádio, idem.

Repórter nunca encontrou o caminho, a não ser um de certa revista carioca que quis cobrar o serviço.

A resposta foi que nem de graça lhes interessava tal cobertura.

Greves de estudantes, operários e de artistas, bombas terroristas confina-mentos de Jânio, política salarial, tudo fica no sopé da serra e nem os ecos chegam à vila.
Em Monte Verde não há lei, mas paradoxalmente, todos a cumprem com rigor.

Não tem delegado, nem soldado.

Quiseram mandar um de Camanducaia.

Mas os maiorais raciocinaram: como ele não vai ter o que fazer acaba bebendo pinga, fazendo desordem, e a gente tendo de prende-lo e agradeceram o oferecimento.

Um inspetor de quarteirão, amador, o açougueiro, é o que existe em matéria de policiamento.

No mais cada chefe de família é seu guardião.

Só uma vez a cidade se empolgou com uma cena de far-west: quando apareceu um grileiro, bebeu uns tragos e começou a dar tiros de carabina.

Pegaram o cara, e devolveram a Camanducaia.
Respeite a tranqüilidade de quem quer sossego e também terá o seu quinhão.

Portanto, se você não é barra limpa não vá a Monte Verde.”
Bom, aproveitando a oportunidade, essa idéia se faz valer até os dias hoje!

 VOZ DA TERRA  IMPRESSA  DE NOVEMBRO DE  2003

A chegada de outros europeus

O aumento constante de loteamentos levou Verner a terminar com a Fazenda e transformar todas as suas atividades exclusivamente na venda e administração das terras vendidas e a serem negociadas.

   

 Nikolais Vitols, um violinista que tocava

musica leta nos bares de Monte Verde.

 

  As primeiras compras foram feitas por elementos da colônia leta de São Paulo.

E logo começaram a chegar outros europeus, principalmente os alemães e húngaros, transformando a primitiva fazenda em um vilarejo tipicamente alpino.

A família Grinberg tinha que fazer de tudo, desde serviços médicos, eletricistas, conselheiro, professor, construtor, leiteiro, chofer, tratorista etc.

A primeira residência construída em um dos loteamentos foi do leto, Sr. Krists Abols, que segundo Verner na época, quem construísse a primeira casa ganharia um lote de terra.

Assim foi e o local escolhido é onde se acha hoje o Hotel Monte Verde.

Como o número de visitantes aumentava a cada dia os engenheiros que vinham demarcar as terras não tinham onde se hospedar, foi construída a primeira pensão: “Pensão da dona Emilia”.

Mais tarde foi vendido ao casal Streubel (dona Elza e Sr. Rudi) que transformaram no Hotel Pinus. Outra hospedaria foi a Pensão da dona Martha, que se dedicou exclusivamente aos turistas.

Também chegou junto com o sr. Verner o leto  Nikolais Vitols, um violinista que tocava musica leta nos bares de Monte Verde.

Era naturalista, solteiro e morava com a irmã e cunhado. Morreu aos 92 anos de idade e deixou sua presença marcada pelas músicas que tocava em seu violino. ( foto)

Na década de 60 chega a família Hamacher a Monte Verde.

O chefe da família o Sr. Mathias ficou encantado com o lugar e adquiriu uma porção de terras a cinco quilômetros da vila e iniciou o cultivo de maças.

A vocação pela terra do Sr. Hamacher fez nascer vários outros cultivos como: mel, amoras silvestres e a truta arco-íris. Diga-se de passagem, foi o primeiro a introduzir a criação de trutas na região.

Hoje o Sr. Mathias além dos seus cultivos orgânicos é conhecido como criador de javalis, que até hoje mantém em sua propriedade.

 

VOZ DA TERRA  IMPRESSA  DE NOVEMBRO DE  2003

O despertar da vila

A vida da comunidade era extremamente simples. Ali mesmo eram confeccionados os pães, a ordenha da vaca, os pequenos cultivos e criações.

Era dona Emilia quem dava os sinais convencionais da “hora de levantar”, através de um sino que tocava.

Mais tarde a luz era gerada por uma velha caldeira que acionava um gerador e que era desligado às 22 horas após três piscadas antes do corte. 

Em 1969 finalmente chega a luz elétrica vinda de Bragança Paulista. Hoje o “locomóvel”  como ficou conhecido, se encontra exposto na entrada da cidade em frente à Imobiliária Monte Verde, marcando um pedacinho desta história.

Hoje Monte Verde é conhecida pela sua beleza natural das paisagens que a circundam, como o Pico do Selado, Chapéu do Bispo, Pedra Redonda, Pedra Partida, Pedra da Lua, as ruínas do Ponciano, as cachoeiras proibidas da Cia Melhoramentos, os esquilos e beija-flores que vem comer as migalhas e beber água bem pertinho da gente.

Isso tudo graças à família Grinberg, que veio aportar em solo mineiro nas terras altas da Mantiqueira, transformando a primitiva “Campos do Jaguary” nesta maravilhosa arquitetura suíça de clima tipicamente europeu.

  

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da Fundação de Monte Verde