História da fundação dos bairros do Bixiga e do Bexiga

Egydio Coelho da Silva

Rua Santo Amaro

Esta rua originou-se do velho "Caminho para Santo Amaro", aberto ainda no século XVI, e que servia de ligação entre a Vila de São Paulo e o aldeamento indígena chamado "Ibirapuera", este fundado pelo Padre José de Anchieta em 1560.
Sendo, portanto, um dos mais antigos logradouros paulistanos, entre os séculos XVII e XVIII a "Rua Santo Amaro" era considerada quase que uma extensão da famosa "Rua Direita" que, descendo pelas encostas do Anhangabaú (antiga Ladeira de Santo Amaro e atual Rua Dr. Falcão), seguia até o "Largo do Bexiga" (atual Praça da Bandeira) e tomava o rumo da encosta que levava ao "Caaguaçú" (espigão da Av. Paulista).
Em finais do século XIX, a sua extensão era a seguinte: começava no "Largo do Riachuelo" (antigo "do Bexiga" e atual Praça da Bandeira) e terminava na Av. Paulista.
Posteriormente, o trecho entre a Praça Perola Byington e a Av. Paulista passou a fazer parte da Av. Brigadeiro Luís Antonio.
Por volta de 1822, um trecho da Rua Santo Amaro ficou conhecido como "Rua do Curral", isto porque ela ficava nas proximidades do Matadouro Municipal, este localizado na Rua Humaitá.
Segundo Antonio Barreto do Amaral (Dicionário de História de São Paulo) ela teve ainda o nome de "Rua do Matadouro Velho" e "Subida do Bexiga", todas elas, entretanto, são denominações de cunho popular.

 

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Referências bibliográficas - todas

 

1)            Dicionário de História de São Paulo – Antônio Barreto do Amaral – Coleção Paulista; V.19 – 1.980 – Governo do Estado de São Paulo.

2)            Câmara Municipal de São Paulo: 1560-1998: Quatro séculos de história/ Délio Freire dos Santos, José Eduardo Ramos Rodrigues. São Paulo: Imprensa Oficial, 1.998, página 70, páginas 67/68, obra citada de Mawe, John.

3)            Idem, páginas 67, 68,69/70, obra citada de Zaluar, Augusto Emílio.

4)            Idem, página 72, citação a Henrique Raffard, artigo publicado no Diário do Comércio do Rio de Janeiro.

5)            Idem, páginas 70/71

6)            Marzola, Nádia – História dos Bairros de São Paulo, volume 15- Prefeitura de São Paulo – Secretaria de Cultura – Dezembro de 1.979- página 15

7)            Idem, página 16.

8)            Gilberto Kujawski (artigo no jornal O Estado de S. Paulo 30-05-2.002)

9)            SAIA, Luís - "Fontes primárias para o estudo das habitações das vias de comunicação e dos aglomerados humanos em São Paulo no século XVI", lnst. De Adrninst. da Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas da USP, pág. 3 e 4.

10)        TAUNAY, Afonso de E. - Non Ducor, Duco, pág. 211

11)        BRUNO, Ernani Silva - Histórias e Tradições de São Paulo, vol. 1, pág. 205

12)        NOGUEIRA, Almeida - Academia de São Paulo, Viii, pág. 128

13)        FREITAS, Afonso A. de - "São Paulo no dia 7 de setembro de 1822", Rev. do lnstit. Hist. e Geog. de São Paulo, XXII, pág. 3

14)        BRUNO, Ernani Silva - op. cit., vol, 1, pág. 96

15)        PRADO, Paulo - Paulística, págs. 8 e 9

16)        BRUNO, Ernani Silva - op. cit., vol, 1, pág. 96

17)        BRUNO, Ernani Silva - op. cit., vol. 1, pág. 91

18)        SAINT-HILAIRE, Auguste de -Viagem à Província de São Paulo, pág. 89

19)        BRUNO, Ernani Silva - op. cit., vol. 1, págs. 93 e 94

20)        BRUNO, Ernani Silva - op. cit., vol. 1, pág. 45

21)        MORSE, Richard N. - São Paulo - Raízes Oitocentistas da Metrópoi - pág. 474

22)        PRADO Jr., Caio -  op. cit., pág. 229

23)        PRADOJr.,Caio- Forrnação do Brasil Contemporâneo pág-61

24)        Marzola, Nádia – História dos Bairros de São Paulo, volume 15- Prefeitura de São Paulo – Secretaria de Cultura – Dezembro de 1.979- página 34