História da fundação dos bairros do Bixiga e do Bexiga
Caminhos
antigos de São Paulo
O
desenvolvimento de muitas zonas da cidade foi condicionado, em
É
evidente que, por onde passavam essas vias de ligação, as atividades
comerciais se condensavam, dando origem a pequenos núcleos
A
De
outro no Lavapés, à
O
do Bexiga e o do Lavapés, observou Vieira Bueno, eram os mais
Devido
ao trânsito de tropas e carros de boi, que atravessavam a
Esses
carros de
Everaldo
Valim Pereira de Souza, nas suas recordações, Pontes sobre o Anhangabaú
Como
observou Caio Prado Junior, a estrutura da cidade foi grandemente
influenciada pelo relêvo, que lhe impôs sobretudo as pontes, que, agora,
são substituídas por viadutos. Ou, então, por canalização dos riachos
e até de rios.
Os
leitos do Anhangabaú, do Saracura e do Bexiga, principalmente,
No
antigo largo do Riachuelo, que também foi denominado do Piques e do
Bexiga, existiram duas pontes sobre o histórico Anhangabaú, que por ali
ainda corre canalizado.
A
primeira ficava no caminho de Pinheiros, atual Rua da Consolação.
A
segunda ponte situava-se no princípio da Ladeira de Santo Amaro, era
menor e foi conhecida por ponte do Bexiga ou de Antonio Manuel Bexiga, que
foi o dono – provavelmente de 1815 a 1842 – da estalagem existente no
local. Além dessas pontes existiu também a ponte da Limpeza, na extinta rua da Assembléia, no trecho em que o rio ficou conhecido pelo nome de Ribeirão da Limpeza, por passar pelo antigo matadouro da Rua Humaitá e porque nele também eram feitos os despejos da antiga cadeia do largo de São Gonçalo, atual Praça João Mendes. Pontes antigas de São Paulo
Saint-Hilaire, quando de sua passagem par São Paulo, em 1819, diz: -
"Existe em São Paulo uma ponte chamada, Ponte do Bexiga, que talvez
tenho o nome do estalajadeiro ou de algum predessor".
(3)
Em
l.822, além do núcleo primitivo edificado no pontal formado pelos dois
rios históricos, Afonso A. de Freitas assinalou, em um artigo, os bairros
que se estendiam além desses córregos.
Para
além da ponte do Lorena (ou do Piques),
desdobravam-se os bairros do Piques, de Pinheiros, de Embuaçava e de
Pirajuçara, .
E
transpondo-se a ponte do Franca, sobre o
Tamanduateí, chegava-se na planície, aos bairros do Brás, do Parí e do
Tatuapé,
Por volta de 1855
Por
volta de 1855, Manuel José da Ponte (provavelmente descendente de
Antônio Manuel Bexiga), o pacato e serviçal morador
Estas
pontes sempre tiveram sobrecarga de trânsito.
Para
a cidade
Além
disso, de tempos em tempos, as Estradas de ferro
Em
1883, Raffard solicitou autorização para construir uma estrada de
No
entanto essa estrada
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Referências
bibliográficas – desta página
(1) Marzola, Nádia – História dos Bairros de São Paulo, volume 15- Prefeitura de São Paulo – Secretaria de Cultura – Dezembro de 1.979- págs. 40/41.
(2) FREITAS, Afonso A. de - Plantas História de São Paulo, período de 1800/1.874.
(3) Marzola, Nádia – História dos Bairros de São Paulo, volume 15- Prefeitura de São Paulo – Secretaria de Cultura – Dezembro de 1.979- págs. 47/48.
(4) Moura, Paulo Cursino de - São Paulo de outrora, pág. 108.
(5) Souza,
Everardo Valim Pereira de – A Paulicéia há sessenta anos – Revista
do Arquivo Municipal, CXI, pág. 57
(6) BUENO,
Francisco de Assis Vieira – “A Cidade de São Paulo – Recordações
Evocadas de Memória” – Rev do Centro de Ciências, Letras e Artes,
Campinas, AnoII, n.ºs. 1, 2 e 3.
(7) Marzola, Nádia – História dos Bairros de São Paulo, volume 15- Prefeitura de São Paulo – Secretaria de Cultura – Dezembro de 1.979- págs. 40/41. (8) PRADO
JR , Caio Nova Constituição para Estudos Geográficos da Cidade de S.
Paulo”, Estudos Brasileiros, Ano III, vol.7
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Referências
bibliográficas - todas 1)
Dicionário de História de São Paulo – Antônio Barreto do
Amaral – Coleção Paulista; V.19 – 1.980 – Governo do Estado de São
Paulo. 2)
Câmara
Municipal de São Paulo: 1560-1998: Quatro séculos de história/ Délio
Freire dos Santos, José Eduardo Ramos Rodrigues. São Paulo: Imprensa
Oficial, 1.998, página 70, páginas 67/68, obra citada de Mawe, John. 3)
Idem, páginas 67,
68,69/70, obra citada de Zaluar, Augusto Emílio. 4)
Idem,
página 72, citação a Henrique Raffard, artigo publicado no Diário do
Comércio do Rio de Janeiro. 5)
Idem,
páginas 70/71 6)
Marzola,
Nádia – História dos Bairros de São Paulo, volume 15-" Prefeitura de São
Paulo – Secretaria de Cultura – Dezembro de 1.979- página 15 7)
Idem, página 16. 8)
Gilberto Kujawski (artigo no jornal O Estado de S. Paulo
30-05-2.002) 9)
SAIA, Luís - "Fontes primárias para o estudo das habitações
das vias de comunicação e dos aglomerados humanos em São Paulo no século
XVI", lnst. De Adrninst. da Faculdade de Ciências Econômicas e
Administrativas da USP, pág. 3 e 4. 10)
TAUNAY,
Afonso de E. - Non Ducor, Duco, pág. 211 11)
BRUNO,
Ernani Silva - Histórias e Tradições de São Paulo, vol. 1, pág. 205 12)
NOGUEIRA, Almeida - Academia de São Paulo, Viii, pág. 128 13)
FREITAS, Afonso A. de - "São Paulo no dia 7 de setembro de
1822", Rev. do lnstit. Hist. e Geog. de São Paulo, XXII, pág. 3 14)
BRUNO, Ernani Silva - op. cit., vol, 1, pág. 96 15)
PRADO,
Paulo - Paulística, págs. 8 e 9 16)
BRUNO, Ernani Silva - op. cit., vol, 1, pág. 96 17)
BRUNO,
Ernani Silva - op. cit., vol. 1, pág. 91 18)
SAINT-HILAIRE,
Auguste de -Viagem à Província de São Paulo, pág. 89 19)
BRUNO,
Ernani Silva - op. cit., vol. 1, págs. 93 e 94 20)
BRUNO, Ernani Silva - op. cit., vol. 1, pág. 45 21)
MORSE, Richard N. - São Paulo - Raízes Oitocentistas da Metrópoi
- pág. 474 22)
PRADO Jr., Caio -
op. cit., pág. 229 23)
PRADOJr.,Caio- Forrnação do
Brasil Contemporâneo pág-61 24)
Marzola,
Nádia – História dos Bairros de São Paulo, volume 15- Prefeitura de São
Paulo – Secretaria de Cultura – Dezembro de 1.979- página 34 |