Família Coelho da Silva,
oriunda da Ilha da Madeira

(Biografia e autobiografia de gente sem importância)
Egydio Coelho da Silva

 

Meu pai

Meu pai nasceu em 1.898 e morreu em 1.971, no dia 13 de março, vítima de uma AVC.

A história de meu pai, João Coelho da Silva, é bem diferente da de minha mãe, com exceção de que ambos eram filhos de portugueses.

Meu pai era o segundo de oito irmãos, que eram: Manoel, João, Antônio, José, Maria, Ana, Matilde e Marta.

Matematicamente dividido: quatro homens e quatro mulheres.  

Nasceu em 1.898 e morreu em 1.971, no dia 13 de março, aos 73 anos de idade. 

Parece-me muito importante, que eu narre o ambiente em que se vivia na chácara e o relacionamento familiar, para que o leitor possa entender a sua vida familiar naquele tempo e no  pequeno espaço da chácara e Botucatu.

Quando minha avó morreu, eu deveria ter cerca de oito a dez anos. Seus filhos, meu pai e meus tios, já estavam todos casados e, e a maior parte, com bom relacionamento familiar, conforme aparecem na foto (http://www.egydioimprensa.com.br/ecs-avo-e-descendentes.htm )
 
Exceção  se fazia ao meu tio Antonio, que - segundo me lembro de ouvir contar - era rebelde.
Teria se desentendido com a minha tia Marta, saiu de casa ainda adolescente; fora morar, então,  com a sua irmã Maria, que já estava casada e residia em São Paulo.

Mais tarde, talvez contestar a moral rígida, que imperava na família, resolveu viver com uma mulher descasada.

Ela tinha  o “dobro da sua idade”, segundo diziam.

Minha tia Marta, seu marido e filhos, também não aparecem na foto.

Ela teve problemas com o marido, Mário Gouveia, que ostensivamente não se contentava em ter uma só mulher.

Por isso, ele, que era farmacêutico ou oficial de farmácia, sempre inventava estabelecer-se fora de Botucatu.

E, nessa época, minha tia Marta, com os seus cinco filhos, fora morar com o marido em Itatinga e, provavelmente, tentar impedir que outra tomasse o seu lugar.

Mas a tentativa durou pouco e logo foi obrigada a retornar a Botucatu e morar na chácara, sem o marido, que “só vinha a Botucatu para fazer mais um filho”, como diziam as más línguas.

Meu pai, que era irmão dela,  é que fazia as vezes de pai, “quando ela não podia com a vida dos filhos”.

Na chácara moravam então

 1 - tia Marta, com seus 5 filhos Acácio, Álvaro, Laura, Lurdes e Martinho;

28/08/97 (Arq. E-AB) PÁG. 15

2 - tia Ana, e seu marido Augusto Delgado, com seus 4 filhos Mário, Antonio, Celeste e Wilson, e

3 - meu pai, com seus 8 filhos, Deolinda, João, Rosa, Anita, Conceição, Adelino, Egydio e Aparecida.

4 - Próximo ao campo da Ferroviária, em Botucatu, mas não na Chácara, morava o tio Manuel com sua mulher Ernestina e seus filhos: Domingos, João, Oswaldo, Manuelito, minhas primas Herotildes, Anita.

5 - Em São Paulo, moravam meus tios: José, Antonio, Maria e Matilde. Não vou citar todos os nomes de meus primos agora, mas se houver interesse, você, leitor, poderá encontrá-los no capítulo próprio deste livro, onde contarei o que me lembro de cada um dos meus tios e primos.

Todos os meus tios e os maridos de minhas tias (que para as crianças são sempre tios legítimos), mesmo os que moravam em S. Paulo, trabalhavam na Estrada de Ferro Sorocabana.

A exceção eram meu pai, João Coelho da Silva e o marido da tia Marta, Mário Gouveia, que era farmacêutico ou oficial de farmácia.

Meu pai tinha uma profissão, carpinteiro, que lhe dava a liberdade de não trabalhar na Estrada de Ferro Sorocabana. (Carpinteiro é um artífice ou operário especializado, que prepara a madeira para a construção civil.

Antes de 1.942, quando a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ainda não estava em vigor, o trabalho na Ferrovia era praticamente o único emprego compensador, mas era difícil e árduo, porque os operários eram obrigados a trabalhar muitas horas, até 18 horas por dia, quando não ultrapassava 24 horas. Os cargos principais na locomotiva eram o de maquinista, o “motorista”, o foguista, que alimentava a fornalha, jogando dentro dela a madeira e o graxeiro, que colocava óleo e graxa nas juntas e era também o faxineiro.

Eu me lembro de ver o graxeiro - logo que o trem partia do pátio de manobras - com o trem já correndo com bastante velocidade, se segurando nas laterais da máquina, e colocando óleo e graxa nas partes superiores da locomotiva.

Alguém me explicou que isto acontecia porque ele, graxeiro, chegava tarde ao serviço e era obrigado a terminar seu serviço com a locomotiva em movimento.

Quem cuidava do resto do trem, era o “chefe do trem” fosse ele de carga ou de passageiro.

Quando era de carga, o “chefe do trem” viajava no último vagão, que - me parece - tinha alguma mordomia.

E no último vagão, ficava a lanterninha vermelha, evidentemente para evitar que algum outro trem pudesse bater.

Daí, até hoje a expressão usada, principalmente em campeonato de futebol, que o time tal é o lanterninha do campeonato, para indicar que ele é o último colocado.

Como o sistema de comunicação e de controle no tráfego dos trens era precário, as viagens duravam muito tempo e havia dificuldade do retorno dos ferroviários às suas casas.

E naquele tempo não havia hora extra e o salário era fixo e mensal.

O serviço era pesado e cansativo, mas, como disse, era ainda o melhor por ser garantido e ganhar normalmente acima dos outros empregos na lavoura, no comércio e nas poucas indústrias existentes na época em Botucatu.

Meu pai, no final da década de 1920 e durante a década de 1930, trabalhava de carpinteiro, que era a sua profissão e trabalhava também na chácara, na lida com a lavoura de café e,  numa pequena lavoura de subsistência, lidando com porcos, galinhas, milho, mandioca, verduras, etc.

Quando os filhos já estavam maiores, depois ou antes de irem à escola, também trabalhavam na chácara, juntamente com minha mãe.

Ele tentou trabalhar na Sorocabana, inicialmente de graxeiro, que era o início de carreira até chegar a maquinista.

Mas acabou desistindo, porque o regime de trabalho era muito rigoroso e no início de carreira o salário era muito baixo.

Outros colegas dele não tinham opção e eram obrigados a sujeitar-se aos horários e  regime desumanos, que vigoravam na época, mas meu pai não.

“Eu era carpinteiro e, muitas vezes, ganhava mais como carpinteiro, do que os que trabalhavam na Sorocabana”, dizia sempre ele, para explicar porque demorara tanto a pleitear trabalho na Ferrovia.

Além disso, havia o trabalho constante na chácara, que ele não podia deixar só para minha avó, minha mãe e, mais tarde, para meus irmãos mais velhos.

Estas histórias eu as sei de ouvir falar.

Do que eu me lembro mesmo é de meu pai já trabalhando na Sorocabana e, ao mesmo tempo, fazendo serviço de carpinteiro.

Não sei como, nem com quem aprendeu a profissão de carpinteiro, acredito que ele anteriormente teria trabalhado na Serraria dos Milanesi, que era vizinha à chácara.

Da infância de meu pai, eu não me lembro de ter ouvido alguma história, que fosse digna de registro, muito embora seja fácil imaginar.

Morando praticamente na zona rural e com muito pouco contacto com pessoas de outros ambientes, que não fossem sua mãe e seus irmãos, sua infância deve ter sido feliz, pela liberdade de morar em lugar amplo, uma chácara, onde a imaginação infantil inventa brinquedos e travessuras.

Além disso é de se supor que vivesse sua época, com mais informações do que apenas um garoto de sítio isolado, pois - aos domingos com certeza - ia à igreja e freqüentava o catecismo, que era uma espécie de escola de religião, que existia junto às igrejas católicas.

Também não se pode esquecer que ele completou o curso primário, onde mantinha amizade e contacto com seus coleguinhas de escola.

De qualquer forma, em relação a outras crianças de cidade grande, deve ter sido um caipirinha, como é o personagem “Chico Bento”, de história em quadrinhos.

Botucatu, naquela época, era uma cidade pequena.

Além disso, a chácara ficava no fim da cidade.

Só uma rua servia a chácara, a Rua Casa Branca.

Provavelmente, fora aberta para servir à Serraria dos Milanesi, que era um pouco mais adiante junto à Ferrovia e tinha até uma linha de trem, um pequeno ramal que ia até dentro da Serraria.

Servia para descarregar as “toras” (palavra que para nós significava tronco de árvore sem os galhos e preparado para serem serrados).

Quando penso em meu pai criança, adolescente e jovem não consigo esquecer o que me disse um primo dele - e eu não gostei nada na ocasião.

Durval Coelho da Silva, filho de meu tio-avô, Aires Coelho da Silva, num encontro casual provavelmente enterro ou casamento de algum parente, falou de seu relacionamento com meu pai.

Disse que meu avô fora morar no interior e seu pai preferiu ficar em São Paulo.

E, quando ele já era adolescente ou adulto, no contacto com os primos do interior, notou uma diferença muito grande.

Os do interior eram “caipiras” e bem caipiras, no modo de falar, no modo de se vestir e nos valores sempre mais conservadores.

E meu pai, disse ele, era um caboclo do interior forte e com boa aparência, mas com todas as características de um caboclo, que vivia na zona rural.

Hoje essas diferenças entre as pessoas estão muito menores, seja pelo maior contacto entre todos, seja pelos meios de comunicação, o que torna quase todas as pessoas mais parecidas.

Os acontecimentos, que marcaram a vida de meu pai na juventude, vêm de quando serviu o Exército.

Acostumado à rotina da vida do interior, bem familiar, repentinamente, aos dezenove anos, foi convocado para o período de um ano a servir em quartel na cidade de em São Paulo.

Ele demonstrou - pelo que nos contava - no relacionamento com os colegas e com seus superiores imediatos, a ingenuidade e, ao mesmo tempo, a esperteza do caboclo do interior.

Ele falava, com orgulho, da sua “técnica” para fugir daqueles exercícios pesados e sadistas, que os sargentos, costumam exigir dos soldados.

Como ele já tinha sofrido uma operação de hérnia, alegava logo que não poderia fazer serviço pesado, nem se submeter a exercício que obrigasse a grandes esforços.

Aí então lhe sobrava os serviços mais leves e logo se oferecia a fazer “serviço de rua”.

“Mas se você é caipira de Botucatu, como conhece São Paulo”?, debochou de imediato o sargento.

Aí ele explicava que vinha muito a São Paulo, à casa de seus tios e estava acostumado a tomar trens, bondes e ônibus.

Passou, então, a executar trabalho externo, era um estafeta do Exército.

Quando em serviço, não precisava pagar a passagem do bonde, porque portava um passe, que lhe garantia a gratuidade.

E logo percebeu que os cobradores, quando viam soldado fardado, perguntavam: “Tem passe?”. 

A que ele respondia que sim, estivesse ou não em serviço.

Assim, quando estava de  folga e andava de bonde, usava sempre a  farda, para não pagar, já que estava sempre “duro”.

Minha avó não lhe dava dinheiro extra, nem tinha para dar e o que o Exército pagava, na época, era muito pouco e “não dava nem para o bonde”, para usar uma expressão, que vigorou, durante muito tempo, em S. Paulo e significava muito pouco dinheiro.

Vez por outra, porém, o cobrador desconfia, e dizia: “Posso ver o passe?”

“Pois não, aqui está” e dava ao cobrador o valor trocado da passagem.

“Malandro, hein. Quis me passar prá trás?", retrucava com ar de vitória o cobrador. que ele respondia, para não ficar com cara de tonto: “Para mim, passe ou dinheiro da passagem quer dizer a mesma coisa”.

Em 1.922 casou-se com minha mãe, Maria Conceição de Jesus Figueiredo.

Sua história de amor é simples, como o era a sua vida.

Antes de minha mãe, ele chegou a namorar uma moça de nome Teresa Coelho, que não era nossa parente nem distante.

Com certeza era “Coelho de outra toca”.

Namorar naquele tempo, era mais ou menos assim: primeiro o rapaz gostava da aparência da moça, chegava até trocar olhares com ela, o que não era necessário. Em seguida, procurava o pai da moça e pedia autorização para começar a namorar. Dado o sinal verde, aí começava a se encontrar com ela e namorar no portão de casa.

Se dava certo, o próximo passo era o noivado e aí então podia entrar na casa da noiva e noivar, o máximo permitido era segurar na mão da noiva. Beijar nem pensar, pelo menos na presença de pais e irmãos da noiva.

 A exceção a esta regra evidentemente existia, mas era pecado e proibido e só vinha à tona, quando a moça já estava grávida.

O jeito, então, era casar às pressas. Muitas vezes havia até a participação do delegado de polícia, que obrigava o rapaz a assumir suas responsabilidades, senão ia preso.

Quando o pai não aparecia, a vergonha da família da moça era muito forte. Não raras vezes era expulsa de casa e o caminho era procurar abrigo em casa de prostituição.

Mas com meu pai e a sua namorada Teresa Coelho às coisas aconteciam tudo nos conformes, de acordo com o costume e a normas estabelecidas. Porém, com ela não deu nada certo, nem nos conformes, nem fora deles.

Eles se desentenderam  e ele não mais foi até o portão de sua casa para namorar. Talvez antes de pegar na sua mão e deve ter ficado sem saber se sua mão era grossa ou fina.

O jeito, então,  era “piá outra”, porque sem namorada a vida, já tão rotineira, ficaria muito mais sem graça.

“Sinha” Júlia (negra neta de escravo) e Antônio Costa eram comadre e compadre de minha avó, pois tinham batizado o Antônio, irmão de meu pai, e eles se visitavam constantemente.
Minha mãe, moça, próximo de completar 20 anos de idade, era enteada de Sinhá Júlia. Logo, nessas visitas, alguns olhares devem ter sido trocados.

A posição humilde, educada e até delicada, pois sempre foi magrinha. O fato de ser enteada, destacando-se entre as suas irmãs de criação, que eram mulatas, deve ter dado a meu pai a idéia de que poderia vir a ser o seu príncipe encantado, que a salvaria.

A jovem sempre trabalhando muito, aparentemente humilhada em situação constrangedora, de viver de favor em casa dos outros, enfim, a Borralheira.

Se eles namoraram bastante tempo, se o casamento foi “arrumado” pela minha avó e pelo madrasto de minha mãe o também português,  Antônio Costa, eu não sei e ainda não pesquisei. O importante é que o casamento deu certo.

Casaram-se, “ele com 24 anos e ela com 20 anos”, conforme registra a certidão de casamento, e minha mãe veio morar com meu pai, na casa de minha avó, contrariando o dizer o popular: “quem casa quer casa”.

Provavelmente, ela não gostaria de morar com a sogra. Mas não havia alternativa; não só o dinheiro era curto, como também um dos filhos tinha que continuar a cuidar da própria mãe, que era viúva.

E os filhos foram surgindo, primeiro Deolinda em 1.924, depois Anita, em 1.926, João em 1.928, Rosa em 1.930, Conceição em 1.932, Adelino em 1.933, Egydio em 1.934 e Apparecida em 1.936. Houve ainda mais um filho, Francisco, (não pesquisei ainda o ano de seu nascimento) que viveu, me parece, alguns meses e morreu.

Aí parou, ou por que se acabaram os óvulos ou por que alguma doença deixou minha mãe infértil.

A responsabilidade, que coube a meu pai, era grande, pois eram muitas bocas a alimentar, além da preocupação de cuidar da minha avó e também alguma preocupação com os sobrinhos, que viviam na chácara, como os filhos de minha tia Marta, cujo marido era proprietário de farmácia em outras cidades, ora em Itatinga, ora em Palmital e ora em outras cidades na alta Sorocabana.

Além de exercer sua profissão de carpinteiro, meu pai era o faz tudo na Chácara. Cuidava do café, da criaçao de porcos e galinhas e ajudava a dirigir as obras das casas, que minha avó ia construindo com o objetivo de deixar uma casa para cada filho.

Meu pai fazia também o madeiramento dessas casas, como portas, janelas, etc.

O lazer de meu pai, me parece, se resumia no futebol local, mais do que o da Capital.

Lembro-me de meu pai, como torcedor do clube amador Associação Atlética Ferroviária de Botucatu.

Tratava-se de um time de futebol, que tinha o apoio e o patrocínio dos diretores locais  da Estrada de Ferro Sorocabana.

E na década de 30 e 40 era bom o time. Aos melhores jogadores, os dirigentes locais da Ferrovia conseguiam emprego, o que fazia com que bons jogadores viessem a jogar na Ferroviária.

Outra diversão, meu pai não me parece que tivesse.

Aos domingos, era missa com a família e assistir ao futebol. Outra mulher, como amante ou mesmo aventura extraconjugal, tenho certeza de que não tinha.

A fidelidade era uma das coisas de que se orgulhava, como também de ser honesto e de querer somente o que era dele.

Nós morávamos, na casa velha ou grande, juntamente com minha avó, que preferia morar com minha mãe e com meu pai, do que com outra filha.

Poderia ser a Ana ou a Marta, que moravam na chácara, em suas respectivas casas com o marido e filhos.

É que minha mãe sempre teve gênio bom, compreensiva e tolerante e administrava bem a convivência com a sogra.

Não sei se conviver com minha avó era difícil, eu pessoalmente gostava muito dela, nem a metade do que ela gostava de mim, porque - entre tantos netos - eu tive o privilégio de ser seu preferido.

Pouco me lembro disso, mas meus irmãos “reclamam” até hoje desse meu privilégio.

Mas para nós, moleques, as frutas dos vizinhos eram mais gostosas e, talvez, fossem.

No vizinho do lado direito (olhando da R. Casa Branca), chácara do Russo, havia uva, parreiras, que, para mim, criança, pareciam abundantes.

E o Russo também tinha um tipo de manga diferente da nossa pequena e simples manga rosa.

Era a manga “sangue de boi”, este era o nome ou apelido da manga.

No vizinho da esquerda, havia goiaba, terreno dos Milanesis, para nós, gente muito rica porque eram donos da “Serraria. 

 

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Meu pai

Foto (1.942): João Coelho da Silva (2a. geração)

Pai:

João Coelho da Silva (1a. geração)

Mãe:

Ana Rosa Gonçalves Coelho da Silva (1a. geração)

Esposa: Maria Conceição Figueiredo Coelho da Silva

Irmãos:

Manoel, João, Antônio, José, Maria, Ana, Matilde e Marta.

Filhos:

Aparecida, Adelino, Anita, João, Deolinda, Rosa, Conceição e Egydio.