Biografia e autobiografia de gente sem importância Egydio Coelho da Silva
Família Coelho da Silva, oriundada Ilha da Madeira
Meu
avô materno
Meu avô, pai de minha mãe, era português e se chamava Adelino Figueiredo; sei apenas que chegou em Botucatu, vindo de Araraquara, em 1.902. Como chegara à Araraquara e de que região de Portugal viera, não sei e nenhum de meus irmãos sabe.
Talvez quem saiba sejam meus primos, José
e Antônio, filhos de meu tio José Figueiredo, irmão de minha mãe. Sobre a vida de meus avós, pais de minha mãe, em Araraquara, pouco sei.
Meu
avó, materno, e minha avó materna, Rosa de Jesus Figueiredo,
forum sepultados em Botucatu, no jazigo de meu tio José Figueiredo.
No
final do Século XIX (1.890), ele tinha um pequeno comércio de secos & molhados em Araraquara,
expressão usada na época para designar venda a varejo de bebidas,
cereais, etc. O motivo de sua “fuga” de Araraquara, conforme me contou minha mãe, foi o desentendimento com um seu irmão, que trabalhava para ele e o teria roubado. O desentendimento foi forte, pois, meu avó teria pego uma faca e posto o irmão a correr.
Daí, ele ter-se aborrecido e
decidido mudar-se para Botucatu. 23/05/97
M
Ele
viveu até cerca de 50 anos de idade e faleceu no início da década de
1.930. No final da vida, teve algum problema mental, em virtude da bebida.
Nos delírios
alcoólicos, reclamava sempre: "roubaram o meu
dinheiro", provavelmente sobre o desentendimento com seu irmão,
quando tinha um pequeno comércio em Araraquara. O alcoolismo o acompanhou a vida inteira. E minha mãe tinha histórias até engraçadas sobre o seu vício de bebida.
Ela contava, por exemplo, que
em Botucatu, meu avó trabalhava como empregado braçal da Estrada de
Ferro Sorocabana. Ele não podia, evidentemente, beber no serviço, porque seu chefe, com certeza, não permitiria. Daí, então, segundo dizia a seus colegas, preferia beber café o dia inteiro, para não se lembrar da bebida. Acontece, porém, que, quando chegava ao fim do expediente, estava completamente bêbado. Seu chefe e seus colegas demoraram a descobrir que o café, que trazia de casa, na verdade, tinha mais da metade de pinga. Servia só para mudar a cor e esconder o verdadeiro conteúdo da garrafa. Minha avó materna Da vida de minha avó, Rosa de Jesus Figueiredo, sei muito pouco, mas, com certeza, teve uma vida dura e muito curta. Casada com um alcoólatra e com cinco filhos (Francisco faleceu quando ainda criança) para cuidar.
Morreu ao dar a luz à minha mãe, em
Botucatu, em 31 de dezembro de 1.903, no dia em que chegara de
Araraquara.
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Meu avô materno: 1) Adelino Figueiredo Pai e mãe: ainda desconhecidos Esposa: Rosa de Jesus Figueiredo Filhos: Francisco, Gervásio, João Felomeno, José e Maria Conceição.
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