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FÓRUM DA IMPRENSA - EM 04 DE NOVEMBRO DE 2003

De: Jornalistas & Cia

Cidade: São Paulo - Estado: SP - País: Brasil

Para: Para o fórum da imprensa


Feitiço das bancas e circulação dos jornais 

Eduardo Ribeiro
Voltamos ao tema bancas, para uma passeada por alguns números da circulação dos jornais, em setembro. É sempre uma oportunidade de refletirmos sobre o que está efetivamente acontecendo com nossos principais jornais, os quais, entra ano e sai ano, não conseguem fazer com que as tiragens cresçam na mesma proporção da população. Aliás, estaria até bom se, mesmo não crescendo, as tiragens ficassem estabilizadas, coisa que infelizmente não tem acontecido nem no Brasil, nem em grande parte do mundo, onde os jornais e revistas vão perdendo fôlego e espaço para televisão, rádio e, sobretudo, internet - no caso do Brasil, também para a falta de investimentos em educação e cultura. Numa passeada pelo IVC de setembro, observando a totalização da circulação dos 16 mais importantes jornais do País, temos a Folha de S.Paulo como campeã, com uma circulação total de 9.303.055, vindo, em segundo lugar, O Globo com 7.490.768. Seguem-se: 3º - O Estado de S.Paulo, com 7.142.521; 4º - Extra, com 6.782.087; 5º - O Dia, com 5.826.336; 6º - Correio do Povo, com 5.401.886; 7º - Zero Hora, com 5.191.137; 8º - Diário Gaúcho, com 3.204.409; 9º - Agora São Paulo, com 2.285.784; 10º - Diário de S.Paulo, com 2.273.763; 11º - Gazeta Mercantil, com 2.177.959; 12º - Jornal do Brasil, com 2.137.587; 13º - Estado de Minas, com 2.134.230; 14º - Lance, com 1.838.535; 15º - Jornal da Tarde, com 1.768.968; e 16º - Correio Braziliense, com 1.531.691.Nosso maior jornal, a Folha de S.Paulo, tem uma circulação média, de segunda-feira a sábado de 299.473, e de 311.294 aos domingos. Pouco?Então observem a soma da média de circulação desses mesmos jornais aos domingos (dia em que as tiragens são maiores): pouco mais de 2 milhões e duzentos mil exemplares. Isso mesmo, juntos, nossos 16 maiores jornais não tiram, num domingo, nem 2,5 milhões de exemplares. Como pensar em crescimento de faturamento, em ampliação de mercado de trabalho, em fortalecimento da cidadania, com tão pouco leitores de jornais num país como o Brasil?

A saída, claro, são os investimentos, tanto públicos quanto privados, mas todos sabemos que não há dinheiro suficiente para tudo o que precisa ser feito. Mesmo assim, é preciso bater permanentemente nessas teclas, para que haja um engajamento geral na busca de soluções para situação tão pífia quanto essa que vivemos. 

Claro que o desafio da fome, da desnutrição, da má distribuição de renda, da saúde e tantos outros são prioritários, num país com tanta desigualdade e com população tão carente como o Brasil. Mas há também que cuidar da cultura, da educação, da melhoria da conscientização, coisas que tem o jornalismo como ponta de lança e os jornais na linha de frente.BancasComo, em artigo anterior, comentamos a questão das bancas, da briga diária pelo leitor que não quer saber de assinatura, vale um passeio pelos números do IVC, no caso do mercado paulista, para vermos que quando há boas idéias e investimentos no campo editorial a reação também é positiva. Sempre lembrando que estamos nos referindo às médias mensais de circulação líquida paga do IVC.Temos num patamar muito próximos o Diário de S.Paulo e o Agora São Paulo, com uma disputa acirrada na tiragem total, vencendo o Diário aos domingos (103.582 contra 100.766 - e 46.467 do JT), e o Agora de segunda a sábado (72.469 contra 71.830 - aí com o JT mais próximo com 60.828). Num corte para a Região Metropolitana, onde estão concentrados os principais investimentos feitos pelo JT, os números são os seguintes: o Agora lidera aos domingos (85.727 contra 79.873 do Diário de S.Paulo, ficando o JT com 46.467) e também nos dias úteis (62.719,contra 57.132 do Diário e 53.472 do JT). O Jornal da Tarde, com o lançamento do caderno de esportes, obteve a liderança de circulação paga às segundas-feiras na Região Metropolitana de São Paulo, com média de 64.709, contra 64.105 do Agora São Paulo e 53.550 do Diário de S. Paulo. E manteve também a liderança na mesma Região Metropolitana, às quartas-feiras, dia em que circula com o imbatível Jornal do Carro: média de 70.117 do JT, contra 63.790 do Agora São Paulo e 57.262 do Diário de S.Paulo.Na concorrência direta, como se vê, os jornais efetivamente têm um olho na sua tiragem e outro no da concorrência e esse é um monitoramento permanente. Ganha-se aqui, perde-se ali, e cada um vai buscando fórmulas de ampliar mercado e de se consolidar. O Grupo Folhas, um pouco mais lá atrás, extingüiu o Notícias Populares e transformou a Folha da Tarde no Agora São Paulo. Um pouco depois, as Organizações Globo compraram de Oréstes Quércia o Diário Popular, transformando-o no Diário de S.Paulo. Fizeram mais, trocaram o comando editorial, com o objetivo de uma virada no mercado, através de uma oxigenação na equipe. Agora chegou a vez do Grupo Estado pôr lenha nessa fogueira, tentando fazer do Jornal da Tarde o líder em circulação na Região Metropolitana de São Paulo, o que já conseguiu, às segundas e quartas-feiras. 

Enfim, paradas as empresas não estão. Todas elas sabem que para ganhar mercado há que se investir sobretudo no próprio jornalismo, em equipe, em idéias, em reportagem, na busca da informação exclusiva e diferenciada. Nisso, no entanto, ainda estão muito tímidas.Até quando?

 

FÓRUM DE JORNAIS DE BAIRRO: 23 JULHO DE 200 4
De: Centro Knight para o Jornalismo nas Américas

Cidade: Austin - Estado: Texas - Brasil: EUA

Para: Fórum sobre Jornais de Bairro

 

EUA: Publishers renunciam após denúncia de falsificação de circulação
Depois de denúncias de suposta fraude nos números de circulação de jornais, dois de seus publishers pediram demissão e seus anunciantes exigiram compensação e reformas na indústria, segundo o New York Times e The Guardian.
Os jornais Newsday, Hoy e Chicago Sun-Times estão supostamente envolvidos no que o Newsday chamou de "o mais sério escândalo de circulação em décadas". 

A investigação de quatro repórteres do Newsday sobre a suposta fraude de circulação indicou que o jornal aumenta o número de seus leitores irregularmente, informou The New York Times. No dia 19 de julho, os publishers do Newsday e Hoy pediram demissão, segundo o The Guardian.
Em Junho, a Tribune Co., proprietária do Newsday e do jornal em espanhol Hoy, disse que o Newsday superestimou sua circulação semanal em 40,000 e a edição de domingo em 60,000, informou o Times. A Tribune Co. disse que reembolsará os anunciantes que pagaram tarifas de anúncio mais altas. Os analistas financeiros disseram o sistema de monitoramento da indústria de jornal pode ter falhas que possivelmente levariam à fraudes em outros jornais, segundo a Newsday. 
The New York Times/Newsday/The Guardian
http://www.nytimes.com/2004/07/20/business/media/20tribune.h tml  
http://www.guardian.co.uk/usa/story/0,12271,1265644,00.html

FÓRUM DE IMPRENSA: 18 DE OUTUBRO DE 2004
De: Alexandre Madruga

Cidade: Rio de Janeiro - Estado: RJ - País: Brasil

Para: Fórum de imprensa

 

Gostaria de saber, se assim como Rio de Janeiro, a maioria dos nossos jornais de bairro mentem na tiragem. Vocês não acham que essas "mentiragens" prejudicam o trabalho dos jornais com verdadeiras tiragens?
Um forte abraço, e sempre que puder, irei participar dos fóruns, mesmo estando no Rio.

Aelxandre,

A mentiragem é universal. Veja acimas, texto recebido para o nosso Fórum de imprensa, onde consta que jornais tradicionais americanos praticam a "mentiragem".

Com certeza, deve haver alguns jornais que não dizem a verdade sobre suas tiragens. Mas, a maioria fala a verdade e não tem como provar, pois, o IVC não aceita inscrição de veículos que são distribuídos gratuitamente. 

Portanto, infelizmente, os jornais de bairro não têm como se defender de acusação de que não falam a verdade sobre sua tiragem.

De qualquer forma, entendo quer os jornais devem ser julgados por vários itens não só a tiragem, mas a sua tradição, sua penetração no bairros, a qualidade das matérias, comunicação com sua comunidade e seus leitores; tempo de existência, etc. A tiragem é um item importante, mas não é o único e sua validade é relativa se a qualidade do veículo não prestar, pois, "a qualidade do veículo indiretamente se transmite à qualidade dos produtos e serviços que nele são anunciados". 

Na verdade, os jornais de bairro, que não têm tiragem elevada e não têm qualidade proporcional à tiragem, não duram muito e tendem a desaparecer. Abraços e participe sempre, esteja onde estiver, pois, a internet liquidou de vez com a distância entre as pessoas. Egydio Coelho

 


  

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Máximas sobre liberdade de imprensa e livre manifestação do pensamento:

 

*“Se tivesse que decidir se devemos ter governo sem jornais ou jornais sem governo, eu não vacilaria um instante em preferir o último” (Thomas Jefferson).

 

* “A imprensa, numa vigorosa prestação de serviço, será a memória da cidadania contra o corporativismo de interesses menores, quer no Executivo, Legislativo e Judiciário” (Carlos Alberto Di Franco).

 

“Que o bem da liberdade segue imediatamente os bens da vida e da integridade física, demonstra-se facilmente, pois, a liberdade foi sempre constantemente um dos mais altos fins dos esforços e das aspirações humanas” (Adriano de Cupis).

 

* “Libertas omnibus rebus favorabilior est” ( “Em todos os casos a liberdade é mais favorável”), Brocardo Romano.

 

* “ A imprensa é um dos meios mais importantes de crítica e controle público permanente” (Konrad Hesse)

 

* “A imprensa livre é o olhar onipotente do povo” (Karl Marx).

 

* “A imprensa livre é o espelho intelectual no qual o povo se vê e a visão a si mesmo é a primeira condição da sabedoria” (Karl Marx).

 

“Nossa Constituição Federal (1988) protege, de maneira veemente, o direito de informar, o direito de se informar e o direito de ser informado” (Oduvaldo Donnini, autor do livro “Imprensa livre, dano moral e dano à imagem...pág.206)

 

* “A medida que a comunicação se torna maior e melhor, fica claro que a intolerância é a verdadeira pequenez do homem”, Spielberg

 

* "Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferências, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras" (o artigo XIX da Declaração Universal dos Direitos Humanos-ONU, 10-12-1.948).


"Creio na imprensa sem restrições, porque creio no poder da razão e da verdade".

Rui Barbosa

 

Infringem a  ética: o juiz que não julga, o promotor que  não denuncia, o advogado que não defende, o jornalista que  não noticia o que sabe.

Medeiros de Abreu

 

"Não concordo com uma só palavra do que dizes, mas defenderei até a morte o teu direito de dizê-la".  Voltaire

 

Os incisos do artigo 5o. da Constituição abaixo só não garantem a liberdade de imprensa, porque foram "esquecidos" pelos que julgam ações contra a liberdade de imprensa:

 

* "IV - É livre a manifestação de pensamento, sendo vedado o anonimato";

 

* "V - É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo...";

 

* "IX - É livre a atividade...de comunicação, independentemente de censura e licença";

 

* "XIV - É assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional".