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Ajorb on line: 03 de julho de 2.001

Prefeita Marta Suplicy se reúne com os jornais de bairro

A prefeita Marta Suplicy se reuniu com a diretoria da AJORB e do Sindicato das empresas Proprietárias de Jornais de Bairro num jantar de confraternização, que se realizou no Restaurante La Távola, no Bairro do Bixiga.

 

Ao final da reunião a Ajorb ofereceu à Prefeita um bolo e orquídeas.

 Egydio Coelho da Silva, presidente da AJORB (E), Marta Suplicy  (ao centro)

e Antônio Carlos Cimino (D)

   

Marta Suplicy fala aos diretores de jornais de bairro

O presidente da AJORB saúda a prefeita Marta Suplicy e fala da importância deste encontro

Egydio Coelho, usando da palavra pleiteou da Prefeitura que ,no investimento publicitário da Prefeitura, haja um desejo administrativo de destinar, pelo menos, de 10% a 20% da verba publicitária da Prefeitura seja destinada aos jornais de bairro, "pois, nos governos anteriores, nem mesmo cinco por cento  foi aplicada em jornais comunitários de São Paulo".

Informou também à Prefeita que a AJORB se preocupa com o fato de uma empresa jornalística estar tentando criar monopólio e se esforçando para ter um jornal em cada bairro de São Paulo. E o seu crescimento desproporcional é porque a ela é destinada a maior parte da verba publicitária estadual e federal, que "deveria ser distribuída igualmente para todos os jornais de bairro, sejam eles pequenos ou grandes". 

Antonio Carlos Cimino, presidente do Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais de Bairro de São Paulo, em seu pronunciamento, citou a importância dos jornais de bairro como veículo de comunicação, lembrando que são cerca de dois milhões de exemplares editados semanalmente e entregues gratuitamente ao leitor.

Marta Suplicy, ao usar da palavra, fez questão de salientar a importância dos jornais de bairro como instrumento de comunicação com o povo. Disse que sempre manteve contacto com os jornais de bairro, porque sabe da importância desses veículos como meio de comunicação com os moradores dos bairros de São Paulo.

 

Eis a íntegra do pronunciamento do presidente da AJORB, Egydio Coelho da Silva:

Excelentíssima Sra. Marta Suplicy, digníssima Prefeita de São Paulo, Excelentíssimo Sr. secretário de Comunicações Valdemir Garreta, Sr. presidente do Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais de Bairro de São Paulo, Antônio Carlos Cimino, demais autoridades presentes, meus colegas diretores de jornal de bairro, minhas senhoras e meus senhores:

O Bixiga, por natureza, já é um lugar, onde o povo se diverte e passa horas de lazer com muita alegria, mas hoje com a presença da prefeita Marta Suplicy o ambiente se torna mais alegre e festivo.

Este primeiro encontro de V.Exa., prefeita Marta Suplicy, com os jornais de bairro, não poderia ser em melhor oportunidade e em melhor lugar do que aqui no Bixiga e mais ainda nesta cantina do Dr. Nélson de Abreu Pinto, nosso amigo e amigo da imprensa, principalmente dos jornais comunitários.

Os jornais de bairro estão acostumados a ter facilidade de se encontrar e dialogar com vereadores, com deputados, com os prefeitos de São Paulo e com os governadores, enfim com todos os políticos, que sabem da importância dos jornais de bairro como meio de comunicação que mais próximo está da comunidade.

Mas estamos acostumados a ser procurados e levados em consideração somente em final de mandato e em ano eleitoral.

Por isso, entendemos que a simpatia demonstrada por V.Exa. para com os jornais de bairro ao aceitar o nosso convite para vir ao Bixiga e aqui na cantina do Nélson ter um encontro com os diretores de jornais de bairro é um gesto inédito e isto muito nos comove e nos enche de esperança de um relacionamento, que melhorará a qualidade de vida comunitária em São Paulo.

E esse seu gesto nos deixa descontraídos, para tomar a liberdade de dizer a V.Exa. que os jornais de bairro, infelizmente, nunca receberam do poder público o apoio que entendemos que deveria receber. A Ajorb sempre pleiteou que o investimento publicitário nos jornais de bairro seja de 10% a 20% , mas, na verdade, nem mesmo cinco por cento da verba publicitária da Prefeitura é destinada a jornais comunitários de São Paulo.

Entendemos que para ter o reconhecimento, que merece, deveria bastar o fato dos jornais de bairro serem distribuídos gratuitamente e, por isso, chegam a muitos lares onde outros jornais não chegam, exercem uma atividade educacional no povo, criando nele o costume da leitura.

Nem seria necessário citar que a grande maioria dos jornais de bairro é editada por pequenas e médias empresas, com as suas deficiências de capital, mas com grande competência gerencial de prestadora de serviços.

E, por isso, proporcionam mais oferta de emprego direta e indiretamente, no seu todo do que as grandes empresas.

É necessário salientar por fim que o diretor de jornal de bairro é envolvido com a sua comunidade e escreve a favor dela com a alma e o coração. E, por isso, é um líder em sua comunidade e respeitado por todos os moradores, no mesmo nível de outras lideranças locais.

Daí o sucesso desta editoria regional, comprovado pela própria existência de mais de uma centena de jornais comunitários em São Paulo. Por que, antes de tudo, são uma necessidade social.

A Associação dos Jornais de Bairro – a Ajorb, consciente de sua responsabilidade, tem se preocupado muito com o fortalecimento e a liberdade de imprensa nos jornais de bairro.

Por isso, nosso objetivo é dificultar o monopólio da imprensa de bairro.

A preocupação com o monopólio na imprensa é universal, como se verifica na reação de muitos países europeus ao fato de um monopolizador dos meios de comunicação ter chegado facilmente ao cargo de primeiro ministro da Itália.

No Brasil, já preocupa os estudiosos da liberdade imprensa a existência de uma rede de televisão, de rádio e de jornais praticamente estar monopolizando a opinião pública do País.

Entre nós, jornais de bairro de São Paulo, temos apenas uma empresa, que se intitula de melhor e mais competente e se esforça para editar um jornal em cada bairro de São Paulo. Na verdade ela não se comunica com os bairros, pois dificilmente consegue anunciantes locais.

Mas em contrapartida consegue, com facilidade, junto ao governo estadual e federal a maior parte das verbas publicitárias destinadas aos jornais de bairro, que deveriam ser distribuídas igualmente para todos os jornais de bairro, pequenos ou grandes. 

E por isso – e só por isso –  tem crescido desproporcionalmente.

Como a Ajorb é uma entidade que visa defender as pequenas e médias editoras de jornais de bairro introduziu em seus estatutos dispositivo que impede que editora expansionista possa se filiar à AJORB. 

O ideal, porém, seria lei federal que se preocupasse com o monopólio em todos os meios de comunicação.

Porém, prefeita Marta Suplicy, nossa reunião hoje é a primeira e visa primordialmente fortalecer a confraternização entre os jornais de bairro e V.Exa.

Por isso, antes de nos preocuparmos em aproveitar a oportunidade para levar ao seu conhecimento problemas relacionados com os jornais de bairro, é nosso desejo que V.Exa. saia desta reunião, aqui no Bixiga, feliz e contente.

Se isto acontecer, temos certeza de que este encontro se repetirá mais vezes e implicará no fortalecimento do relacionamento entre a Prefeitura e os jornais de bairro de São Paulo.

E desta forma, a mídia representada por mais de um milhão de exemplares, editados por mais de uma centena de jornais comunitários, estará mais apta a prestar melhor informação aos seus leitores sobre o trabalho que a Prefeitura desenvolve nos bairros de São Paulo.

Estamos seguros de que deste diálogo, iniciado hoje neste jantar festivo, surgirá uma amizade que redundará em troca de informações, que aperfeiçoará o atendimento às verdadeiras aspirações populares e, principalmente, implicará em melhoria da qualidade de vida do povo paulistano.

 

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