AJORB-Associação de Jornais e revistas de bairro de São Paulo
Rua. Major Diogo, 622 - São Paulo - Brasil Telefax: (0XX11) 3232-0270

Máximas sobre liberdade de imprensa e livre manifestação do pensamento:

 

*“Se tivesse que decidir se devemos ter governo sem jornais ou jornais sem governo, eu não vacilaria um instante em preferir o último” (Thomas Jefferson).

 

* “A imprensa, numa vigorosa prestação de serviço, será a memória da cidadania contra o corporativismo de interesses menores, quer no Executivo, Legislativo e Judiciário” (Carlos Alberto Di Franco).

 

“Que o bem da liberdade segue imediatamente os bens da vida e da integridade física, demonstra-se facilmente, pois, a liberdade foi sempre constantemente um dos mais altos fins dos esforços e das aspirações humanas” (Adriano de Cupis).

 

* “Libertas omnibus rebus favorabilior est” ( “Em todos os casos a liberdade é mais favorável”), Brocardo Romano.

 

* “ A imprensa é um dos meios mais importantes de crítica e controle público permanente” (Konrad Hesse)

 

* “A imprensa livre é o olhar onipotente do povo” (Karl Marx).

 

* “A imprensa livre é o espelho intelectual no qual o povo se vê e a visão a si mesmo é a primeira condição da sabedoria” (Karl Marx).

 

“Nossa Constituição Federal (1988) protege, de maneira veemente, o direito de informar, o direito de se informar e o direito de ser informado” (Oduvaldo Donnini, autor do livro “Imprensa livre, dano moral e dano à imagem...pág.206)

 

* “A medida que a comunicação se torna maior e melhor, fica claro que a intolerância é a verdadeira pequenez do homem”, Spielberg

 

* "Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferências, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras" (o artigo XIX da Declaração Universal dos Direitos Humanos-ONU, 10-12-1.948).


"Creio na imprensa sem restrições, porque creio no poder da razão e da verdade".

Rui Barbosa

 

"Infringem a  ética:

o juiz que não julga, 

o promotor que  não denuncia, 

o advogado que não defende, 

o jornalista que não noticia o que sabe ou 

não escreve o que pensa".

Medeiros de Abreu

 

"Não concordo com uma só palavra do que dizes, mas defenderei até a morte o teu direito de dizê-la".  Voltaire

 

Indenização, em dinheiro, por dano moral somente indeniza a moral de quem não tem moral.

Medeiros de Abreu 

“O interesse coletivo deve prevalecer em relação ao particular”. Ministros Marco Aurélio e Gilmar Mendes em decisão sobre crime de imprensa.

"O segredo é aliado da corrupção". Ministro Waldir Pires  

"Julgar idéias é uma das mais infelizes invenções da humanidade." Jornalista Audálio Dantas

 

Os incisos do artigo 5o. da Constituição abaixo só não garantem a liberdade de imprensa, porque foram "esquecidos" pelos que julgam ações contra a liberdade de imprensa:

 

* "IV - É livre a manifestação de pensamento, sendo vedado o anonimato";

 

* "V - É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo...";

 

* "IX - É livre a atividade...de comunicação, independentemente de censura e licença";

 

* "XIV - É assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional".

FÓRUM DE JORNAIS DE BAIRRO: 15 AGOSTO DE 2004
De: Eduardo Monteiro

Cidade: São Paulo - Estado: SP - País: EUA

Para: Fórum sobre Jornais de Bairro

 

Meu Caro Egydio,
Sugiro que na última edição deste mês, V. publique uma mensagem alusiva ao  Dia do Jornal de Bairro, qual seja, dia 1º|09, quando em 1895 circulou o primeiro jornal de bairro, intitulado "O Braz", editado pelo então coronel Albino Bairão. 

Maiores informações sobre o fato poderão ser fornecidas pelo nosso colega, jornalista Milton George Thame, editor do Jornal do Brás (jorbras@terra.com.br
Respeitosamente, jornalista Eduardo Monteiro,

Eduardo,

Desde que tomei conhecimento de sua pesquisa, em que comprovava que, no dia 1º de setembro, quando em 1895 circulou o jornal de bairro, intitulado "O Braz", editado pelo então coronel Albino Bairão, entendi que esta é a principal data histórica dos jornais de bairro de São Paulo, provavelmente do Brasil. E que seria melhor data para o Dia do Jornal de Bairro.

Recebi informação de uma pesquisa, que poderia dar a entender que, antes de O Braz circular em 1o. de setembro de 1.895, teria havido um jornal de bairro que teria circulado em 1.823, portanto, 72 anos antes de O Braz.

Essa informação consta na Diretriz, publicação semanal dos alunos do 2o. semestre de jornalismo da FCA - Mackenzie, no. 18, ano 2, o qual tem a orientação do Prof. Vanderlei Dias, como alunos responsáveis: Ana Paula Almeida e Fernanda Barbosa, com a colaboração de João Batsista Jr. e Joyce Kassim e foi impresso na Gráfica Makenzie, cujo texto é o seguinte:


 

"O primeiro jornal de bairro em São Paulo foi o bissemanário "O Paulista", criado em 1823, durou apenas dois meses. Com a função de integrar diversos bairros, como Freguesia da Sé, Santa Efigênia, Brás, Guarulhos, Nossa Senhorado Ó, Cotia, Nossa Senhora da Penha, São Bernardo, Juqueri, M'Boy (atual Embu) e Santo Amaro. 
Manuscrito, possuía um grupo de apenas 5 assinantes e suas cópias eram feitas na casa do redator. 
Apesar da precariedade de sua confecção, ele abriu as portas para dezenas de outros jornais. 

Inicialmente, os jornais retratavam as sociedades de amigos do bairro, as lutas pela independência política e eram extremamente engajados em ideologias, exteriorizando sua preferência por candidatos ou programas de governos.
Após 1930, os jornais passaram a ser mais voltados para os problemas da comunidade, deixando em segundo plano matérias sobre política, esporte, poesia, literatura e religião.
Porém, durante a ditadura militar, muitos se voltaram ao cunho ideológico-partidarista, para afrontar o poder vigente e obter maior liberdade.
Atualmente, cada jornal tem seu timbre, história, pauta e linha editorial, mas existe um ponto comum entre todos os jornais pesquisados: o desejo de servir à população como seu porta-voz de anseios e defensor de direitos".

Embora não possa ser considerado jornal impresso, como conhecemos hoje, pois, era manuscrito e inicialmente com apenas cinco "assinantes", não deixa de ser um periódico, que circulou numa região.

Portanto, colegas, em face deste fato novo, entendo que devamos pesquisar um pouco mais e, talvez, seja melhor esquecer o Dia do Jornal de Bairro, como data mais importante e, após mais pesquisa, possamos ter como data principal comemorativa "O aniversário de circulação do primeiro jornal de bairro de São Paulo" e, com certeza, do Brasil, que se for a data de O Braz seria o 109.º aniversário e se for O Paulista seria 181.º aniversário.
Na minha opinião, deve prevalecer "O Braz" que já tinha característica, impressão, etc. que o credencia a ser o primeiro jornal de bairro de São Paulo.

De qualquer forma, vamos abrir espaço para o debate e a divulgação de pesquisa histórica, sem pressa, pois, assim todos ganharemos como intelectuais e colegas unidos. Abraços a todos. Egydio Coelho da Silva

 

HISTÓRIA DOS JORNAIS DE BAIRRO: 29 DE AGOSTO DE 2004
Texto encaminhado para publicação em todos os jornais de bairro

Primeiro de setembro seria o dia da imprensa de bairro

Quando circulou, em São Paulo, o primeiro jornal de bairro?

A dúvida persiste, mas há uma certeza: no dia primeiro de setembro de 1.895, circulou a primeira edição do jornal de bairro, intitulado “O Braz”, editado pelo então coronel Albino Bairão, portanto, há 109 anos atrás.

Assim, se supõe que o Dia da imprensa de bairro deva ser 1.º de setembro.

Porém, surge uma dúvida, pois, estudantes do Makenzie, em trabalho recente, dizem possuir pesquisa e garantem:

"O primeiro jornal de bairro em São Paulo foi o bissemanário, "O Paulista", criado em 1823, durou apenas dois meses. Com a função de integrar diversos bairros, como Freguesia da Sé, Santa Efigênia, Brás, Guarulhos, Nossa Senhora do Ó, Cotia, Nossa Senhora da Penha, São Bernardo, Juqueri, M'Boy (atual Embu) e Santo Amaro. 
Manuscrito, possuía um grupo de apenas cinco assinantes e suas cópias eram feitas na casa do redator”. 

(Essa informação consta na publicação recente, denominada Diretriz, editada por alunos do 2.º  semestre de jornalismo da FCA - Mackenzie, no. 18, ano 2, a qual tem a orientação do Prof. Vanderlei Dias, como alunos responsáveis: Ana Paula Almeida e Fernanda Barbosa, com a colaboração de João Batista Jr. e Joyce Kassim e foi impressa na Gráfica Makenzie)

O jornalista Eduardo Monteiro, editor da Gazeta de Vila Mariana de 1962 a 64, embora louve o trabalho dos estudantes, entende que “O Paulista” não pode ser considerado jornal de bairro, no conceito de hoje do que é um jornal comunitário.

Acha que não se pode aceitar um veículo manuscrito, que tinha apenas cinco assinantes como sendo um jornal.  “O Braz é diferente", diz Eduardo Monteiro. Era impresso e distribuído aos moradores do Brás e tinha até o nome do próprio bairro.

Se se entender que “O Paulista”, pesquisado pelos estudantes, seja o precursor dos jornais de bairro de hoje, pode-se afirmar que a necessidade de uma imprensa de bairro já teria indícios em 1.823, portanto, há 181 anos atrás e teria se consolidado somente a partir de 1.895, com a edição de “O Braz”, portanto, 72 anos mais tarde.

 

FÓRUM DE JORNAIS DE BAIRRO: 18 DE MARÇO DE 2005
De: Paulo Sérgio Pires

 Cidade: São Paulo - Estado: SP - País: Brasil

Para: Fórum sobre Jornais de Bairro

 

Prezados senhores:
Sou mestrando na ECA/USP e em minha dissertação abordarei o tema jornais de bairro. Vocês por acaso teriam livros, artigos, pesquisas ou outros materiais a respeito do tema para usá-los em meu trabalho?
No aguardo. Um forte abraço. Paulo S. Pires.

Prezado Paulo Sérgio,

Tenho em mãos as seguintes publicações sobre jornais de bairro de São Paulo:

1) JORNAIS DE BAIRRO, a outra grande imprensa. Novembro de 1.999, editado pelo Centro de Comunicação e Artes do SENAC-SP;

2) JORNAIS DE BAIRROS E DOS MUNICÍPIOS DA GRANDE SÃO PAULO. São Paulo, fevereiro de 1.986, editado pela EMPLASA. Secretaria de Estado dos Negócios Metropolitanos.

3) OS JORNAIS DE BAIRRO NA CIDADE GRANDE SÃO PAULO. 1.985, editado pela Secretaria Municipal de Cultura.

Abçs. Egydio Coelho da Silva

 

FÓRUM DE JORNAIS DE BAIRRO: 23 DE JULHO DE 2009
De: Pedro Nastri

 Cidade: São Paulo - Estado: SP - País: Brasil

Para: Fórum sobre Jornais de Bairro

 

Prezado Sr. Egydio
Envio uma pequena história sobre a origem dos jornais de bairro de São Paulo.
Neste mês de setembro comemora-se mais um ano da fundação do primeiro jornal de bairro da cidade de São Paulo: "O Braz". O Jornal foi criado pelo brasileiro Albino Soares Bairão, com a finalidade de defender os interesses do bairro e informar seus moradores sobre os acontecimentos locais.
Nascia a imprensa livre em nosso bairro. Antes do surgimento dos jornais de bairro, o que se tinha eram jornais étnicos criados por diversas colônias de imigrantes, principalmente os italianos.
Esses jornais começaram a desaparecer a partir do momento em que o imigrante passou a se ambientar com a nova terra.
Com o passar dos anos, os jornais de bairro foram se transformando, adquirindo novas matrizes. Surgiram, então, jornais estudantis, anarquistas, operários, entre outros, com isso enriquecendo a nossa imprensa paulistana.
Nascimento da Imprensa de Bairro:
Três anos e dois meses após o lançamento de "A Fanfulla", órgão da colônia italiana e um mês depois de "O Estado de São Paulo" dar início às novas técnicas tipográficas, melhorando sua impressão com a utilização da zincografia e quando Júlio de Mesquita se projetava como um dos principais árbitros da opinião pública, com suas notas políticas, em 1º de setembro de 1895, Albino Soares Bairão lançava "O Braz", o primeiro jornal de bairro de São Paulo de que se tem conhecimento.
Antecipando-se aos demais bairros da Capital paulistana, foi ainda na conhecida Freguesia do Bom Jesus do Braz que em 1897 surgia a "Tribuna do Braz" e a "Folha do Braz".
O bairro do Brás, que viu surgir o primeiro jornal de bairro de São Paulo, é mais uma vez pioneiro. Ocorre que em 13 de julho de 1914 começa a circular diariamente o jornal comunitário "Diário do Braz", de propriedade de Antonio Veríssimo Alves.
Se em 1895 nascia "O Braz" como pioneiro dos jornais de bairro de São Paulo, somente cinco anos depois era criado na Penha "O Bandeirante", o primeiro jornal comunitário nascido fora dos limites do bairro do Brás, isso somente ocorreria em 31 de julho de 1900.
E antes do aparecimento do quinzenário "O Marco", em 1907, no bairro do Belenzinho, como ainda dos semanários "O Vagalume", em 1908, no bairro da Luz, bem como de "O Ceciliano", no bairro de Santa Cecília e de "A Tribuna da Lapa", em 1911, foi no Brás que - muito antes - ainda em 1905 nasciam o "Commércio do Braz", semanário republicano, como também os quinzenários "O Braz Hoje" e "A Cidade do Braz". Abraços. Pedro Nastri, jornalista e historiador.

Caro Pedro,

Agradeço sua colaboração trazendo mais informação sobre a história dos jornais de bairro de São Paulo. Seu texto foi colocado em nossa página sobre História dos jornais de bairro de São Paulo.
Sua pesquisa confirma o consenso entre os diretores de jornais de bairro de São Paulo de que esta data, primeiro de setembro de 1895, é a mais correta para determinar o surgimento do primeiro jornal de bairro na cidade de São Paulo.
Por isso, a pedido da Ajorb e, com apoio da maioria dos diretores de jornais, foi sugerido e a Câmara Municipal instituiu oi dia primeiro de setembro como o dia do jornal de bairro.

Abs. Egydio Coelho da Silva

 

 

 

“Se tivesse que decidir se devemos ter governo sem jornais ou jornais sem governo, eu não vacilaria um instante em preferir o último” .  Thomas Jefferson, (1743 - 1826), estadista e ex-presidente dos EUA.

 

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História da imprensa (jornais de bairro) de setembro a dezembro/2003

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